Este espaço visa dar a conhecer uma verdadeira Paixão, a caça às Galinholas com Cão de Parar, como também mostrar um pouco do nosso trabalho na criação do Setter Inglês, uma maravilhosa raça inevitavelmente ligada a esta nobre e enigmática ave que a muitos de nós encanta, a Bela Dama dos Bosques, a Galinhola.
O último dia de 2016 acordava frio, pela primeira vez esta época com temperaturas abaixo de 0ºC, no entanto tinha a consciência de que era frio de pouca dura, pois os dias estão "quentes" e assim que o Sol levanta mais um pouco a temperatura aquece, os terrenos secos não ajudam ao acto e rebentam com as patas aos cães, obrigando-me a trocar de cão a meio da jornada a fim de os manter operacionais até o final da época.
Comecei com o Don, parou várias Galinholas onde não consegui fazer um único tiro, ou saiam tapadíssimas, ou saiam largas, ou saiam antes de servir o cão, a coisa não estava fácil, valeu uma perdiz das que nasceram com a verdade no corpo e o campo na alma, bem parada pelo Don, sinceramente julguei que fosse uma Galinhola, pois o beeper tocou várias vezes, até que saiu uma Perdiz, abatida ao primeiro tiro, foi a única peça que o Don cobrou esta manhã!
Era a vez da minha menina, com Galinholas emprestadas pelo Don, daquelas que até ali só ele as tinha cheirado, a Íris não se fez de rogada e rapidamente pára a primeira, literalmente no pasto ao lado dos eucaliptos, onde a tinha visto da ultima vez com o Don, a cadela a guiar sempre com ela no nariz, mostras e guias, parecia que ia a trabalhar uma codorniz, até que a Galinhola levanta no final do pasto, facilmente abatida, e aí estava a primeira do dia.
Fomos então ver de outra, uma daquelas fantasmas, sei que era uma Galinhola porque conheço o cão, mas nunca a vi, desta vez entrei na mancha ao contrário, uma velha técnica que por vezes as baralha, a Íris fica rapidamente em mostra, ajeito-me e a galinhola sai já meio nas minhas costas, mas ainda assim tombou no primeiro tiro, e tinha-mos cobrado a segunda, estava radiante, a cadela tinha resolvido as coisas e transformado uma primeira parte difícil numa segunda magnifica mas, parecia que ela não estava satisfeita, e foi parar uma outra no topo de um cabeço, depois foi sempre a guiar cabeço a baixo até ao vale, aí fica em mostra, eu num caminho a meia encosta deixo-me estar e vejo a Galinhola levantar para cima e curiosamente a "cantar" ou melhor, a fazer um barulho, algo que há muitos anos já me tinha acontecido, passa a não mais de 10 metros de mim e é abatida, agora sim, dava a jornada por terminada, e que jornada, a Íris queria mais, mas era hora de volver ao carro pois ainda tínhamos muitos Km pela frente e uma noite de Reveillon.
A última jornada da época não poderia ser mais emocionante, que 2017 nos traga saúde para continuarmos em busca das nossas tão Amadas Galinholas.
Uma jornada com lances estranhos, com a Íris tive vários lances mas infelizmente não consegui concretizar nenhum deles, fica o grande trabalho da cadela, as guias felinas a culminar com grandes mostras em terrenos difíceis demonstram que esta cadela está perfeitamente adaptada a caçar em todo o tipo de terrenos.
A Íris passado cerca de hora e meia de começarmos vejo-a coxear da pata traseira, a esquerda, decidi então trocar de cão e sair com o Don, a ver se não é nada de grave e se a coisa melhora.
Com o Don vieram os lances de sonho e um lance bizarro.
Começámos numa zona que sabíamos que tinha 2 pássaros, estavam no pasto fugidas da zona pequena de mato, pareciam perdizes a saírem largas sem serem sequer atiradas.
Pouco depois o Don entra em mostra, faz uma guia de mais de 50 metros do topo do cabeço para uma chapada muito típica, até que bloqueia a Galinhola, sai-me boa e acerto ao primeiro tiro, deu inclusive 2 voltas no ar antes de cair, mando o cão cobrar e imediatamente a Galinhola levanta para o cabeço em frente, estava incrédulo, a Galinhola tinha levado e caído!
Vou então no encalço deste pássaro, passado algum tempo já me questionava se seria a que caiu com o tiro a levantar ou uma outra que tinha levantado quando me ouve mandar o cão cobrar, já vi de tudo, ou quase tudo e, inclusivamente esta época esse cenário já me tinha sucedido, decido voltar ao local do tiro mas, logo ali o Don entra em mostra atrás de mim, olho para a minha frente e lá estava ela, com as duas asas abertas, patas ensanguentadas para trás, e com sangue nas penas da cauda, fico indeciso se a agarro à mão ou, se mando o cão cobrar, optei por mandar o cão cobrar, o Don assim que lhe vai meter a boca, ela levanta, fiquei incrédulo, o pássaro estava a 20 cm das minhas botas e esteve na boca do cão, não dei mais com ela, estava mais que irritado em deixar uma Galinhola ferida por cobrar no terreno, mas é assim, infelizmente estes lances fazem parte, felizmente que são poucos.
O Don esse não se deixa afetar, volta a parar uma Galinhola numa zona complicada e muito fechada, dou a volta a um regato e meto-me de frente ao cão, ela sai tapada e erro-a bem errada, minutos depois faz tocar o beeper, entro de frente ao cão o beeper tocou vezes sem conta, ao ponto de achar que não estava lá nada ou, que era a Galinhola que estava chumbada e não levantava, decido entrar de frente para o cão a pisar os paus que estavam no chão, a Galinhola deixou-me passar por ela e saiu pelas minhas costas, uma mais que levou a melhor! Não fosse um lance lindíssimo do Don que terminou em mostra a meus pés, arrancando a Galinhola encostada a mim, acabando mesmo tapada por ser abatida, um outro penalti a jornada teria sido mais complicada. Assim terminou a jornada, com 2 cobradas, mas acima de tudo, retenho o trabalho dos cães.
Véspera de Natal, como é tradição vou à caça, continuo sem saber porquê mas tem um sabor especial ir ao campo neste dia, em nenhum outro me dá tanto prazer cobrar uma Galinhola, talvez o facto de chegar a casa e deixar como é costume a caça abatida na bancada da cozinha, nunca noutra altura as peças abatidas se enquadram tão bem com tudo o resto, com a envolvência e com o ambiente.
Desta vez a jornada foi em família, acompanhado pelo meu Irmão, começámos cedo, o frio apertava mas terminámos a jornada com um calor anormal, as diferenças térmicas de manhã para o meio do dia são enormes.
Logo a abrir encostado ao carro a Elma fica em mostra, achei que não era nada, logo ali num bocadinho de eucaliptos sem tamanho, a Íris tira as teimas e fica também em mostra, acerco-me das cadelas, eu de um lado o meu irmão do outro, sai um torcaz quando as cadelas estavam em mostra, olho para o ar para acompanhar o pombo, quando junto ao chão sai uma galinhola, não demos com mais ela, mas era um bom presságio.
O que se seguiu foi um recital de bem caçar das cadelas, a Íris para-me uma Galinhola que me sai boa, meto a arma à cara erro-a no primeiro mas, achei que lhe tinha dado no segundo, o meu irmão tinha de outro ângulo a mesma sensação, mandei a cadela cobrar mas nada, virámos tudo mas nada.
Pouco depois uma outra com a Íris, mas a Galinhola a sair larga demais, rodámos e começou novamente o embate com a que eu tinha errado, afinal não lhe tinha acertado, a Elma a para-la a Iris a patronar, guia uma, guia outra, mas o pássaro sai sem o vermos, a Elma fica com ela um pouco mais a baixo a uns 30 metros de onde eu a tinha errado, sai a encastelar e o Vítor erra-a também, passando ainda por cima de mim a rodar. Pouco depois logo à frente novamente a Íris em mais um assalto, o beeper toca, sirvo a cadela, ficou com ela e eu dou-me ao luxo de errar uma Galinhola que sai encostada a mim, tão encostada que a pontinha da asa me toca no braço ao levantar, tão boa que saiu, comia com os olhos, antes de premir o gatinho já a via na boca da cadela, mas não, errei um pássaro fácil, e acabei por abater outra num tiro dificílimo, onde ela só se mostrou numa nesga, há coisas que não têm explicação, e só entende quem lá anda.
Resumindo, uma grande jornada em família, vários lances, um abate para cada um e sobretudo os momentos inesquecíveis e um trabalho magnifico da Íris e da Elma que nos brindaram com lances fantásticos, pois são eles os cães que nos fazem saír ao campo.
Há Cães que marcam a vida de um Caçador, a Íris é um deles, pois nunca me esquecerei do dia de hoje!
A Manhã começava fria, 0.5ºC contrastando com um céu azul lindo, levava no carro o Don e a Íris, mas a minha Paixão pela nova menina levava-me uma vez mais a não sair com o Don, algo a que ele se habituou a ver fazer mas de forma inversa, a ver os outros ficarem no carro.
Confesso que estou viciado nesta cadela, tudo nela me agrada, até mesmo o facto de ser novidade, sinto-me um adolescente com namorada nova, todos os momentos são para desfrutar e descobrir o que há de novo.
A jornada começou com um abate de algo que não me calhava em sorte há muito tempo, um coelho, escassos nos tempos que correm!
Depois de vários lances com as Perdizes, que teimavam em sair sempre largas, lá fomos ter com a nossa amiga, uma Galinhola que nos brindava há sete jornadas, um pássaro astuto, tão astuto que foi sempre mais forte, conseguindo ludibriar-me vezes sem conta, sabia que esta Galinhola acabaria por perder um dia, a diferença é que quando eu ganhar ela perde a vida.
Ela apresentava-se no mesmo local, uma aberta no eucaliptal, despida mas tão a seu gosto, a Íris rapidamente dá com ela, seguiram-se as guias do costume, a grande velocidade serpenteando por entre as poucas estevas existentes, até bloquear a Galinhola que aguentou apenas um toque do beeper, saiu baixa, a cadela ficou enquadrada com ela e com o tiro, dei um tiro subido e a medo, corrigindo apenas no segundo. Fiquei com a sensação de que lhe tinha acertado, mas sem certezas, ela roda para a esquerda e deixo de a ver por causa de um declive do terreno. Procurei este pássaro desesperadamente, morta ou viva, mas com medo de a deixar morta no terreno, já pedia que a tivesse errado, a Íris não dava com ela.
Fui então ver uma outra, facilmente parada pela cadela, saiu-me complicada mas a tiro, meti mal a arma à cara, meio atabalhoado erro este pássaro, o sentido da outra Galinhola não me saía da cabeça, decido ir lá novamente. No local do levante olho para o terreno e refaço o lance na minha cabeça, a Íris continuava frenética como se nada fosse, até que, vinda de uma zona um pouco mais à direita que tinha deixado por ver anteriormente, aparece com a Galinhola morta na boca, tinha-a encontrado, nitidamente feliz veio trazer-ma, fiquei sem palavras, felicíssimo por ter cobrado a Galinhola e pelo magnifico trabalho da cadela que 1 hora depois foi capaz de a cobrar, no entanto o sentimento tinha um misto de tristeza, esta Galinhola tinha-nos proporcionado vários lances de sonho, mas este jogo é assim, quando elas perdem, morrem.
Pouco depois um verdadeiro penalti, o telemóvel não parava de tocar, eu, completamente desconcentrado errei um penalti oferecido pela Íris, fica para a próxima, pois o importante é desfrutar e hoje, desfrutei como nunca!
Caçar muito e matar pouco é a velha máxima dos caçadores de Galinholas, talvez a frase mais adequada à jornada de hoje, lances de sonho com a Iris e a Holgah da Pedra Mua.
A Iris novamente em grande, não sei explicar por palavras a Paixão que tenho em caçar com esta cadela, ao ponto de fazer o impensável, não ter tirado o Don do carro, algo que é uma novidade, mas estou viciado na Iris, talvez seja por ser novidade, talvez seja por ser diferente, mas acima de tudo é porque ela impõe emoção a cada lance, porque é autoritária com as Galinholas, forte e sobretudo muito encontradora.
Hoje além de me brindar com belos momentos com as Perdizes bravas, os primeiros toques do beeper foram com um par de galinholas, bem paradas na borda do Eucaliptal, onde atirei a uma delas que fiquei na duvida se tinha ido chumbada, inicialmente achei que não a tinha tocado mas, depois pensando bem isso era improvável tendo em conta a saída dela, a altura que voou e a posição dos tiros mas, o que é certo é que ela não tinha caído, não fosse o meu sogro numa posição mais elevada que viu para onde ela tinha ido, nunca tinha cobrado esta Galinhola, pois a 300 metros mais a baixo a Holgah começa a guiar de longe e fica em mostra, eu olho para o chão e para meu espanto vejo a Galinhola morta de asas abertas, felizmente que o lance terminava da melhor maneira. Pensando bem, quantos lances destes temos? Quantas achamos que vão embora sem serem chumbadas e depois acabam por morrer longe? Espero que poucas.
Pouco depois foi um recital de beeper das duas cadelas, ambas em mostra uma a 100 metros da outra, sirvo a Iris mas a Galinhola sai muito tapada, achei que a tinha abatido pois não a vi passar, mandei cobrar mas, foi o meu sogro que me alertou que ela tinha seguido, de um ângulo mais favorável teve outra percepção.
Pouco depois invertem-se os papeis, A Iris em mostra mas, era a Holgah que a tinha 40 metros ao lado, errada pelo meu sogro.
Em caminho digo ao Carlos, "nesta zona costuma estar uma muito andarilha..." e instantaneamente ouço o beeper da Iris a tocar já estava com ela, corro e a cadela assim que me sente começa a guiar a uma velocidade estonteante, tento acompanhar mas, cadela e pássaro iam muito rápido, a Iris com ela no nariz foi soberba, acabando por levantar larga e naturalmente errada, mais uma vez ela ganhou o embate mas, um dia a sorte muda, até lá tiro-lhe o chapéu!
Mais um dia de caça, 5:20h a pé, já custa a levantar, mas rapidamente entramos no espírito, as viagens solitárias custam mas fazem parte e têm de ser feitas.
Não sabia o que me esperava, não conhecia o couto, nem sequer tinha ideia como seria na realidade, há muito que deixei de tentar imaginar o que irei encontrar, criando na minha cabeça imagens de um terreno feitas através daquilo que os outros me contam e, ou a minha imaginação é muito fértil ou, sou demasiado optimista, talvez um pouco das duas, por norma nunca é como eu imaginei ou como me contam, saindo sempre goradas as minhas expectativas.
Desta vez até achei que os terrenos eram bons, melhores que aquilo que me transmitiram, ao ponto de achar que deveriam estar ali mais Galinholas, mas não estavam.
O Don, que neste momento só faz pequenas jornadas devido à lesão na pata, se aperto um pouco mais piora, esteve ao seu nível, não direi que é alto ou baixo, é o dele, dificilmente suplantável. Rapidamente encontra e bloqueia uma Galinhola na "autoestrada" numa zona despida, um verdadeiro penalti que de tão fácil foi quase pecado.
Depois disso foi bater os terrenos minuciosamente, bonitos de montado com sargaço e estevas, quando ia ao telefone com a minha Mulher, disse-lhe o seguinte, "vou desligar, este bocado tem tão bom aspecto que tem de estar aqui uma Galinhola!" passado pouco mais de 1 minuto e o Don com outra, mais um penalti e a segunda a ser cobrada, regressei ao carro e não vi mais nenhuma, 10:30h e estava despachado para ir almoçar com a Família.
Mais uma manhã quente e seca, onde a paixão e perseverança dos cães fez a diferença, a manhã começou cedo como habitualmente, o Ernesto foi o primeiro a sair, teve a sorte de apanhar o fresco da manhã e das gotas de orvalho antes destas se evaporarem das folhas das estevas, parece pouco mas ajuda muito com temperaturas destas tão elevadas, pede-se mais chuva.
A primeira Dama foi encontrada numa zona muito típica, bem trabalhada pelo Ernesto, saiu-me meia tapada mas em condições de cair, bem errada, enfim nem todas podem cair, fica para a próxima para desalento do Cão.
O Sol mais alto e muito mais quente era a vez da Íris, novamente a dar um recital com a Perdizes bravas, a para-las por duas vezes e pelas duas vezes a saírem tapadas em terrenos de Galinholas, uma delas em pleno galope, interrompido por uma mostra no chão a mais de 30 metros, depois qual cobra a serpentear de barriga em terra, levou-me até elas, soberbo!
Depois foi picar o ponto com uma velha conhecida, a cadela esteve muito bem, parou a Galinhola com grande classe, foi guiar pelos terrenos de crença deste pássaro, eu adiantei-me à cadela mas a Galinhola já se tinha adiantado ainda mais, saiu um pouco larga mas muito a tiro, por via das duvidas e com medo de a deixar ir ferida, optei por não lhe atirar, fico contente com a atitude, apesar de ter ficado a remoer no tema, outros lances seguramente me dará.
Já perto do carro eu e a cadela de rastos, ainda decido ir ver um cantinho com uma que tinha já sido parada pelo Don e pelo Ernesto, uma das complicadas, a ver se salvava a jornada.
Refresco-me a mim e à cadela no bebedouro das vacas, e lá vamos nós em busca daquela complicada, não tardou muito à Iris se deitar com ela, o beeper toca, cala-se a cadela guia, toca novamente, e pouco depois com muito espalhafato a Galinhola no ar cabeço a baixo, 2 tiros o primeiro bem errado e a convicção de lhe ter dado no segundo, depois instala-se de imediato a angustia de a ver cair longe, num vale no monte em frente, uma zona suja, achei que poderia não a encontrar. O cobro foi demorado, mas felizmente e finalmente a Iris deu com ela e cobrou-a, ao cair do pano lá conseguimos uma mais, num lance completo de uma cadela com que eu me apaixono mais a cada jornada que passa.
Que estranha loucura é esta que me faz chegar a casa depois de uma directa a trabalhar, meter a cadela no carro e sair para a caça?
Que insana Paixão é esta que me faz sair da cama de madrugada, fazer muitos Km de forma solitária ainda de noite e debaixo de temporal com avisos laranja, com muita chuva, vento e frio, apenas levando comigo a convicção de que os cães me vão dar mais um daqueles momentos únicos que nem fotos nem filmes conseguem transmitir as emoções sentidas.
Hoje foi uma jornada difícil, cansadíssimo, com uma directa em cima, encostado ao carro esperava que o Sol se decidisse a dar-me a hora da partida, o vislumbre de 2 Galinholas à passagem que se mostraram todas naqueles segundos mágicos do Lusco Fusco, onde as Damas como que por magia parecem transformar-se em seres alados e nos mostram toda a sua graciosidade, isto foi quase como que uma injecção de adrenalina para a jornada que se avizinhava.
A manhã foi difícil, a cada toque do beeper da Iris o corpo tardava a responder, cada cabeço que tinha de subir pareciam os Himalaias, o que a falta de sono nos faz.
A Iris esteve como sempre há altura das expectativas, dando-me um verdadeiro Penalti que aproveitei bem, depois uma mais que saiu larga e que ao ouvir o som do tiro instantaneamente roda e o tiro esbarra no chaparro, mais 3 pássaros vistos, levantes sem conta e nenhuma outra que se deixa-se atirar, 11h e estava despachado para ir repor o sono e prolongar os lances da Iris em sonho, pois esta cadela faz a realidade parecer um bonito sonho.
A manhã era de chuva, assim como fora a noite, os terrenos sobejamente conhecidos, era quase um regresso a casa, conhecia estes terrenos de outras jornadas, quase todas elas com o Faruck, hoje em cada recanto lembrava-me dele, estranhamente nem foi com um sentimento de nostalgia, talvez porque o Don, a Shiva a Elma a Iris, taparam esse vazio, foi sim com um sentimento de imensa gratidão por tudo aquilo que me deu.
Os terrenos mudaram muito, temia que tivessem desmatado tudo, mas foi precisamente o inverso, não mexeram e, as zonas que outrora eram mágicas, estão agora desprovidas de preceito para que as Damas novamente as povoem. Já as zonas que há uns anos foram desmatadas, são aquelas que agora reúnem as condições ideais para albergar Galinholas.
Cantinho a cantinho deixei-me guiar por onde a minha memória me levava, o instinto e o conhecimento levou-nos até elas, eu e o Amigo Nuno Henrique Calado, novo nestas andanças de caçar às de Bico longo, depressa percebemos onde elas estavam, ou seja, nos locais mais complicados para nós, difíceis de as vermos e mais ainda de atirar.
A Primeira parada pelo Don nem a vi sair, apenas o Nuno me indicou que já tinha saído, demos pouco depois com outra, que depois de vários levantes sem tiro, acabou por nos sair para cima, mostrou-se toda, linda, mas foi com grande desportivismo que não atirámos a um pássaro fácil!
O Don não tardou a para-la bem parada acabando por ser abatida entre os dois, seguiu-se para o Nuno momentos de angustia pois achava que não dávamos mais com ela mas, o Don terminou o seu lance com um cobro fenomenal já bem longe do local onde a tínhamos atirado, Grande momento do Don, de principio ao fim!
Ainda tivemos mais 2 pássaros e vários levantes e um indulto mais mas, nenhuma delas deixou servir o cão a tempo de fazer tiro.
Foi uma manhã bem passada com vários lances bem conseguidos pelo Don, e na companhia de um Amigo que começa a entender a magia das Galinholas e dos Setters, jornada a repetir.
Esta época começa a revelar-se, depois de duas épocas fracas em especial a ultima, creio que finalmente temos uma época no mínimo normal.
Os locais de crença cedo revelaram os seus encantos, cedo nos mostraram Galinholas já bem instaladas e conhecedoras do terrenos que pisam, os levantes vão-se sucedendo assim como os abates.
Esta época com cães novos é sempre uma incógnita, especialmente com Don depois a recuperar de uma lesão numa pata, que o afastou das primeiras jornadas, começando só agora a sair, levando-me a sair mais vezes com a Iris, a mais nova da equipa mas que me tem dado momentos únicos de adrenalina, com a sua paixão, estilo e eficácia, o Ernesto tem alternado as suas saídas entre as minhas mãos e as do meu irmão, já tendo as primeiras Galinholas cobradas em terras lusas.
Quinta Feira 24-11-2016
Era uma manhã como tantas outras, o carro pelas 7:00h marcava 0ºC, bela temperatura para sair às Galinholas, a Iris teria hipótese de se mostrar uma vez mais, andamos ainda a conhecer-nos, cada cão é um cão e ela não é diferente, começo a percebe-la e ela a mim, temos uma Paixão mutua, as Galinholas, Paixão esta que ajuda muito a esta simbiose, caçador/cão.
Tinha a convicção que tinham entrado pássaros, o tempo mudara dias antes, as temperaturas baixaram muito, nevou nas terras altas, ventos fortes e muita chuva são indícios de mexidas, e foi isso mesmo que encontrámos.
A primeira foi muito bem parada numa zona de crença, o Beeper tocou 3 ou 4 vezes e a Galinhola saiu para a frente, um lance fácil para mim, mas um pássaro bem metido pela cadela, e muito bem cobrada, enquanto falava com a cadela e lhe dava os parabéns com o meu entusiasmo do costume e ainda sob o efeito da adrenalina, sai uma outra Galinhola, que acabou por nos dar muito trabalho mas não me deixou chegar à cadela, saindo boa a mim e como a cadela não estava sequer enquadrada no lance não atirei, acabando a Galinhola por ir para o couto do lado.
A segunda foi numa zona com demasiado bom aspeto mas, muito pequena, a Iris manda-se para o chão, guia 2 metros e a Galinhola sai totalmente a descoberto para mais um tiro e cobro fáceis, pouco depois uma que se levanta larga e que lhe perdemos o rasto.
A terceira foi um momento especial de equipa, daqueles lances pensados, caçados. Tinha tido uma semana antes um lance com a Iris, onde tinha a arma travada, depois achei que tinha morto essa Galinhola com o Ernesto, mas desta vez voltei a ir lá ao mesmo sitio, porque quem anda às Galinholas há muito, sabe que só temos certezas naquelas que saem paradas aos cães e as abatemos logo ali, pois bem, este pensamento estava correto, antes da Iris ficar em mostra já eu tinha visto a Galinhola a sair, sendo parada pouco mais de 100 metros à frente num barranco sujo, aí foi de loucos, a cadela toda deitada, terreno difícil, íngreme e fechado, a Galinhola a mostrar-se numa nesga e com a Beretta lá a mandei a baixo num difícil tiro, um cobro mais demorado pois ela caiu no meio do mato mas a Iris não me falhou uma vez mais, são estes momentos que nos dão anos de vida.
Em resumo, uma jornada de sonho onde a Iris abriu o livro e nos deu o primeiro cupo da época.
Sábado 26-11-2016
Este sábado amanhecia com um céu relativamente limpo mas com uma temperatura mais elevada, a noite tinha sido de temporal e muita chuva, muitos pombos no ar mostravam que as migrações este ano são acima do que se passou na época passada.
A Iris era a primeira a sair, uma volta curta pois tinha de dar minutos ao Don já recuperado da lesão muscular numa para traseira, não demos com a Galinhola que eu já tinha visto com o Ernesto, deve ter-se mudado.
Era a vez do Don, saiu com ganas, forte como sempre, quase como querendo mostrar-se, marcando a sua posição na equipa, como se isso fosse preciso, sei a sua valia.
Tivemos vários lances, um deles a um pássaro onde antes de servir o cão, espalhei-me ao comprido, ficando cheio de lama por causa de uma manobra acrobática para não deixar a arma tocar no chão, ainda assim recompus-me e acerquei-me do Don, mas a Galinhola saiu tapada sem hipótese de tiro.
Pouco depois, aquilo que dava a sensação de ser uma lebre, só não achei que fosse como o meu sogro me dizia, porque conheço demasiado bem o cão, foi um lance surreal, a distancia que o Don andou num jogo de esconde esconde, ora no chão em mostra ora em guia, foi inexplicável por palavras, até que num alto fica em mostra, eu ajeito-me e vejo a Galinhola no chão, o cão em mostra de um lado, eu do outro e a Galinhola a uns 10 metros de mim na ponta do mato, pensei para mim, "estás lixada, tens de levantar para a frente!" dei um passo à direita para ficar com um bom ângulo por causa de um chaparro, e o pássaro a sair e a ser abatida ao primeiro tiro, estava em êxtase, um lance de loucos onde o Don mostrou que está cá para isto e muito mais!
Já a manhã ia avançada quando o beeper toca novamente, acerco-me do cão numa zona suja, olho para ele e digo-lhe num daqueles comentários que tenho com ele, com a certeza de que ele me entende "com essa tromba estás com ela nos queixos!!!" ajeito-me e sai a 300km/h uma perdiz das verdadeiras, das bravas, das realmente vermelhas, erro-a ao primeiro e corrijo ao segundo, e aí está a primeira perdiz da época, bem parada, esta vale mais que mil das outras!
Esperamos que a época continue assim, repleta de momentos de pura beleza!
A primeira tem sempre um gostinho especial, esta de hoje teve um sabor ainda mais especial, pois foi parada pela Iris, a minha nova cadela de Galinholas, hoje proporcionou-me uma jornada de sonho para esta altura da época, 4 pássaros e 7 levantes 1 cobrada e um trabalho fantástico da cadela.
Iris de la vallée du Pairon é o nome da minha mais recente aquisição e que será a nova companheira de Galinholas.
A Iris está comigo desde Agosto, quando a fui buscar a França, perto da Bretanha a Capital dos Setters de Galinholas, 3000 km foi aquilo que fiz para a ir buscar, uma viagem dura mas que valeu a pena, pois esta cadela tem muito para dar, as Galinholas não são para ela uma novidade, muito pelo contrário, pois tem muita experiencia nesta caça, a de hoje foi a sua primeira Galinhola em terras lusas, esperamos que seja a primeira de muitas, e que esta época seja uma época de muitas Galinholas para podermos desfrutar desta magnifica cadela.
Aqui estão eles, os Pequenos Ernestos, os primeiros filhos do Ernesto del Zagnis a nascer em Portugal. Magnifica ninhada de 9 cachorros resultado de uma monta que o Ernesto fez para fora, cachorros muito enérgicos e lindíssimos, com muito do Pai especialmente as cabeças, ficamos muito felizes pelo Ernesto marcar tão bem os filhos, que cresçam sem contratempos é o nosso desejo.
Agradecemos ao proprietário da fêmea a confiança depositada no nosso trabalho e pela escolha do macho para realizar esta monta com a sua cadela ter recaído num dos nossos reprodutores.
Setter's e Galinholas são neste momento mais que um hobby, são uma verdadeira Paixão, move-me a vontade, a superação e a dedicação. Dedicação aos companheiros de 4 patas, os verdadeiros protagonistas, sem eles não havia paixão, sem eles a Galinhola não passava de uma pequena ave de bico longo ainda mais desconhecida pelo comum dos mortais.
Este defeso foi intenso, dividido entre as remodelações profundas no canil e as viagens para realizar montas e novas aquisições, fiz por esta Europa fora entre carro e avião cerca de 10.000 km, na busca dos melhores exemplares. A vontade de evoluir é enorme, a vontade de continuar a aprender é insaciável, conheci outras realidades, vi com os meus olhos enormes exemplares da raça, convivi e comunguei com lendas vivas do Mundo dos Setters, vi as diversas realidades nos países mais importantes onde os Setters têm expressão, Itália, França e Espanha, e no final posso dizer que aprendi muitíssimo e que sou um privilegiado.
Esta época vais ser muito diferente, pois houve uma saída da quadra muito importante, a Shiva, além da sua beleza em cada lance, esta magnifica cadela proporcionou-me jornadas de sonho, deu-me muitas e muitas Galinholas impossíveis, salvou-me manhãs que eu dava já como perdidas, mas a vida é assim, saem uns entram outros.
As entradas são várias, as expectativas são enormes, fica agora uma nova sensação que eu nunca tivera nem alimentara antes, a sensação da expectativa do que nos trará o tempo.
Em conversas com outros caçadores de Galinholas, facilmente percebi que esta não é uma preocupação que se esgota em mim, é um sentimento geral, virá o frio e a chuva? Será um ano bom de pássaros? Será mais um ano de pouca densidade, seco e quente que rebenta com caçadores e cães???? Fica a duvida, permanecem as expectativas até daqui a umas semanas, pois só aí saberemos o que nos reserva a próxima época de Galinholas, até lá é ir afinando cães, e manter esta ansiedade mais ou menos adormecida para nos consumir o menos possível.
Há muito que um cão parar Galinholas não é suficiente para me cativar e muito menos para o considerar um cão completo, não significando com isso que não lhes reconheça qualidades. Um Setter Inglês de Galinholas deve ser completo, deve representar a raça da forma mais digna possível! Um Setter é galope sem movimento de cauda, é carácter com Paixão, é estilo felino natural, é porte de cabeça, é morfologia, é cor dos olhos, é carácter Trialer, é movimento e mecânica, é tudo isto e algo mais! A procura por este tipo de exemplares, fez-me rumar a Itália, e visitar o Verdadeiro Mundo Setter e trazer comigo um exemplar da equipa de competição Del Zagnis, onde há 40 anos se criam Campeões! Optei por importar um exemplar adulto com vários CACIB em provas de beleza, CACIT e outros excelentes resultados em provas trabalho em Itália, Espanha e Sérvia, um exemplar que além da beleza e qualidades, transporta consigo uma carga genética verdadeiramente espectacular! Contamos com este exemplar para melhorar o património genético bem como o nosso trabalho, em Itália "bebemos" muita da sabedoria do Sr. Libero Zagni, que nos abriu a porta de sua casa e partilhou, histórias, ensinamentos e conselhos que serão muito importantes no desenvolver da nossa grande paixão pela raça!
Mais um projeto
concretizado, cerca 2000 km de viagem para cruzar a Elma com o Campeão da Europa de Grande Busca Leioandi Ciro, filho do Dendaberri Jai, Campeão da Europa de Galinholas
e neto do Palaziensis Rambo que dispensa apresentações, o que
se pode pedir mais!?
A
Elma é uma cadela muito especial, muito felina e estilista, com um galope
perfeito, achei que cruzando a Elma com um exemplar de relevo, confirmado
reprodutor, estilista, excelente morfologicamente e com uma carga genética
superior, traria algo de importante e positivo aos nossos cachorros e ao nosso
afixo, a escolha recaiu pelo Ciro!
Agradeço
uma vez mais ao Amigo Iñaki, que foi incansável em todo este processo!
Agora
esperamos que a sorte nos acompanhe e que tudo corra bem com esta monta.
Leioandi Ciro Ch
(*Dendaberri Jai x Tali)
Campeão
da Europa de Grand Busca 2014
Melhor
cão da semana Pointer Clube 2014
Melhor
cão da semana Setter Clube 2014
Vencedor
do Troféu Barahona 2014
Vencedor
da Taça Espanha 2014
Selecionado
para o Copa Europa 2014
Selecionado
para o Campeonato Europeu Setter de 2014
Vencedor
do Top 10 - 2013-2014 Grand Busca
Melhor
cão das provas de inverno Setter Clube 2013
Selecionado
para o Campeonato Europeu Setter de 2013
Vencedor
da Nevette em França 2012
*Dendaberri Jai Tr
(Palaziensis Rambo x Umblana del Cavaldrossa)
(Ch W0F/ICH, IT T, ITF, Camp.
Tr. (Ch GQ)
Campeão
da Europa Galinholas 2013
Trialer
Caça Prática Galinholas em Espanha, França, Lituânia.
Para a Elma as Galinholas são uma obrigatoriedade uma imposição recente, algo a que ela se adaptou com muita facilidade e mestria mas, os terrenos planos e as Perdizes Selvagens são talvez a sua verdadeira Paixão, pois desde nova que as vermelhas bravas em Portugal e Espanha foram parte integrante quer do seu crescimento quer da sua especialização como cadela de competição!
Há muito que não a fazia pisar terrenos de pasto e lavrados com Perdizes Bravas, a minha Paixão choca com a dela e, as Galinholas passaram a fazer agora também parte da sua vida!
Novamente pisou terrenos sem mato, planos que lhe "pedem" para galopar, até eu já não me lembrava bem como com é a amplitude dela nestes terrenos, anda, anda, e anda, é bonito de ver! O Galope é simplesmente magnifico, a posição da cauda, da cabeça, tudo é perfeito na Elma, dá gosto, parecia um turno de Grande Busca! Teremos de repetir estes treinos!
Mais uma manhã de frio, mais uma manhã de treinos, uma manhã que prometia, logo na viagem nos 5 minutos do lusco-fusco, na hora de elas passarem, passaram duas juntas por cima do carro a quando da viagem! Seria bom pronuncio, talvez, era pelo menos sinal de que ainda cá estão!
Chegando ao couto, meia dúzia de coelhos davam-nos as boas vindas, algo raro neste momento! Pouco depois na lagoa, levantam uma marréquina e o inesperado, dois Gansos Selvagens, graciosos e grandes, lindíssimos! mais uns metros, e no meio do caminho de terra batida, uma poça de agua no meio do caminho, o insólito, um casal de patos reais que rapidamente levantam voo, uma manhã em cheio, dizia eu ao meu irmão, "um dia bom para vir mostrar o couto a alguém!".
7:00h da manhã, solto os cães, 5 minutos e o Don está "deitado" com a primeira, deu para tudo, para fotos, para filmar, para aguentar a investida das cachorras novas, até que depois de uma guia longa ela levanta toda destapada e perfeitamente a tiro, belo ponto sobre esta Galinhola!
Não mais de 15 minutos depois, aí está o beeper a tocar, um lance larguíssimo à esquerda, apresso-me a servir o cão, estava deitado junto de uns ramos secos, o pássaro sai para trás dele, outra posta de penalti a tiro!
A manhã clara escondia-se e caiam as primeiras pingas, nada que nos fizesse arredar pé, a Rosi, começa a saber galopar nestes terrenos fechados, rápida, muito rápida, atenta e ligada, vai dando os primeiros passos em terrenos que terá de saber pisar! O Don alheio a cães novos, chuva, fotos ou o que se apresentasse, pára uma Galinhola dificílima, numa zona sem mato, com mestria aguentou tudo! O pássaro não estava a mais de 2 metros de nós, como que enfeitiçado pelo Don, levantou e acabou por ser novamente parada 1 minuto depois, até que lhe perdemos o rasto!
Depois soltámos a pequena Gigi, que com 4 meses deu os seus primeiros passos no campo, serão os primeiros de muitos.
Uma manhã de treinos muito produtiva e bem passada, melhor que muitas jornadas da época, a partir daqui, para treinar, temos de nos servir da caça mansa, não é igual mas, para os cachorros novinhos, é mais produtivo, para que na próxima época nos mostrem então com a Galinholas como se fazem lances de sonho!
Que regressem sem percalços e reproduzam bem é o meu desejo!
O vicio é mais forte, tão forte que, enquanto por cá andarem as nossas amigas de bico longo, o meu despertador biológico dá sinal ao fim de semana e faz-me levantar da cama de madrugada, pegar nos cães e ir ao campo apenas equipado com a máquina fotográfica e desfrutar de belos momentos com os cães!
Desta vez na companhia do meu Irmão, cedo soltámos os cães, frio, muito frio, temperaturas negativas que chegaram com 2 meses de atraso, era em Dezembro e Janeiro que deveríamos ter tido esta meteorologia! Agora só nos serve para nos lamentarmos daquilo que não tivemos e também já não nos serve de muito!
Galinholas apenas uma, uma das difíceis, das muito difíceis que foi mais forte e não se deixou abater durante a época! Indultei-a uma vez que me saiu aos pés, sem hesitar deixei-a ir da morte certa, pois fui eu que a levantei sem ser parada pelos cães, depois disso, várias vezes os cães a pararam mas, sai-a sempre antes de eu servir o cão, desta vez saiu-me pelas costas bem parada pelo Don, talvez tenha sido a vez que saiu melhor!