domingo, 27 de dezembro de 2020

Obrigado Don!

Don, a caminho dos teus 13 anos, já não fazes uma jornada completa, já não galopas com a velocidade que galopavas, inevitavelmente tens menos oportunidades, mas ainda assim a tua experiência e Paixão superam tudo isso e nunca me deixas ficar mal.

A última jornada foi exemplo disso mesmo, um primeiro lance de extrema beleza, todo no chão como é típico em ti, sabia que estavas com um pássaro naquela ladeira, a Galinhola a encastelar a uma velocidade que mais parecia que tinha sido lançada de uma caixa lançadora, a encastelar e bem errada ao primeiro tiro mas bem tapada com o cano ao segundo, a cair redonda para um cobro fácil, um lance que merecia ser filmado, que pena neste momento estar sem máquina.

A segunda Galinhola num cabeço, bem parada, mas a sair na dobra do cabeço sem hipótese de tiro, foi pena, mas ainda assim deste o teu melhor no campo e cada lance contigo é um verdadeiro privilégio!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Nos descontos.

Naja da Pedra Mua

Finalmente uma jornada sem chuva, esta é talvez a época mais molhada que tenho nos últimos 5 ou 6 anos, este ano poucas foram as jornadas em que não chovesse.

A jornada era novamente num local muito dobrado, cabeço acima, cabeço abaixo, 9.30h, dou um jeito nas costas, senti uma pontada forte e uma dor grande, que iria piorar depois de arrefecer já na viagem para casa, conduzir tantos km não foi nada agradável.

A jornada resumiu-se a 4 pássaros atirados, de 5 ou 6 vistos em zonas muito difíceis e fechadas, algumas onde assumo que evito lá meter a cadela, com medo dos javalis. Da minha parte já dava a jornada como perdida, quase 1 da tarde, nenhuma abatida em 5 horas de caça, mas de repente a Naja inventa uma Galinhola a 100 metros do carro, ficando em mostra virada para mim, numa zona muito bonita, sirvo a cadela e não sai nada, a Naja estava com ela no nariz, conheço-a tão bem, imóvel começa apenas a rodar a cabeça para trás, toda torcida a indicar-me onde estava o pássaro e de repente, pá, pá, pá, aí vai ela, abatida com um tiro fácil, de repente do nada a Naja salva a jornada, é assim a caça, só acaba no fim, o segredo é insistir e acreditar até ao fim, esta foi já nos descontos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Com muito rigor.

Já por várias vezes referi aqui que gosto muito de caçar em terrenos novos, desprovido de vícios, alentado de ilusões, movido pelos sentidos e pela paixão. É nesta altura que mais se despertam os sentidos, que são postos á prova os nossos conhecimentos sobre esta caça, temos de ser mais rigorosos, atentos a tudo, persistentes e acima de tudo determinados. Ontem foi assim, terreno todo ele quase igual, de uma beleza enorme, estranhava não ver uma Galinhola, pensava para comigo, "Terreno certo no sitio errado!", e tentava alocar aqueles terrenos a outas zonas do país e contabilizar quantas Galinholas ali viria, fiz o que sabia, o que pensava ser correto, o que aprendi com outros e com a minha própria experiencia, mudar de biótopo mesmo que pouca diferença fizesse e mesmo que fosse mesmo ali ao lado e acima de tudo mesmo que a mim não me desse a sensação que melhoraria, isto das Galinholas é assim, elas é que escolhem, elas é que mandam!

E foi assim que a Naja pára a primeira Galinhola, numa zona como tantas outras que já tinha pisado, sairia larga e errada apenas com um tiro, sendo novamente parada pela cadela, nuns pinheirinhos, mas só a ouvi sair, nem a vi. 

Passado algum tempo a Naja novamente em mostra, numa zona de muito tojo e pinheiros pequenos, a Galinhola sai limpinha, 2 tiros e fiquei incrédulo como não caiu, uns 200 metros em linha reta, a Naja novamente em mostra, o beeper não se calava, o pássaro não saía, dou a volta ao tojo numa zona até despida de mato, coloco-me de frente para a cadela, e reparo que encostado ao tojo a uns 5 metros da cadela, estava a Galinhola morta, um cobro fruto da experiencia, da qualidade da cadela e claro, com alguma sorte à mistura.

Pena a Câmara de filmar ter avariado, tinha feito uns bons filmes, a ver se o problema se resolve rápido, e voltamos aos filmes.



quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Passei por ela.

Há vários anos que não caçava neste couto, a convite de um Amigo lá fui eu fazer vários Km durante a noite, as espectativas eram boas, das vezes que lá cacei tinha sempre cobrado Galinholas.

Os terrenos são magníficos, pois os olhos também comem, começámos numas chapadas de montado com estevas, mas curiosamente a Galinhola cobrada encontrava-se numa zona limpa, sóbria apenas com 2 matinhos que foram o suficiente para ele se esconder e me deixar passar, enquanto isso a Naja mantinha-se imóvel em mostra, estranhei não sair o pássaro, a cadela não enganava, tinha uma Galinhola no nariz, mas rapidamente ouço nas minhas costas o típico pá, pá, pá… do bater de asas, tinha passado por ela quase que a devo ter pisado, imóvel levantou apenas quando me viu as costas, um bom tiro e mais um magnifico lance da Naja, que continua imparável.



terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Naja a verdadeira protagonista.

Os terrenos primeiro pisados são lindíssimos, os olhos também comem, como se costuma dizer, pinheirinhos, tojo, sargaço e mato-branco compõem um biótopo formidável, apostava que ali iria ver um pássaro, mas não, foi em terrenos duros, demasiado fechados com demasiado tojo que a Naja foi parar uma Galinhola, sirvo a cadela e a Galinhola sai-me desenquadrada e errei-a, mas passados cerca de 100 metros a Naja volta a para-la mas desta vez dá-ma de bandeja, facilmente abatida ao primeiro disparo, com um cobro descomplicado, e foi assim que me redimi, depois de um trabalho fantástico da cadela.



segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Direita ao Sol.

Um Cão, um caçador e uma Galinhola bem parada, haverá algo mais puro que isto? Não creio!

Esta foi uma manhã dura para mim e para a Naja, começa a ganhar forma física, o tempo fresco e a chuva também dão o seu contributo, se eu contabilizei 17 km percorridos, imagino quantos fez a Naja, que faz as jornadas todas a galope e com uma grande amplitude, mas diria eu que faz 4 ou mais vezes a distância que eu faço.

A manhã começou com o céu nublado com abertas, mas longe de anunciar chuva, que chegou em grande força já por volta do meio-dia.

Há mais de 10 anos que a maior zona de crença deste couto, metia sempre muitas galinholas nas entradas, era mágico, não falhava, passados 10 anos, o mato cresceu, o biótopo deixou de ser chamativo, mas ainda assim, num cantinho, o único mais despido, elas ainda sentem um chamamento quase magnético, decidi em boa hora arriscar, e lá estava uma, no único local possível, bem trabalhada e bem parada pela cadela, que ma entregou de bandeja, a Galinhola saiu direita ao Sol, deixando-me completamente encadeado, outrora teria atirado às cegas, também já fui afortunado assim, mas a experiência fez-me segurar o dedo, por momentos senti o lance como perdido, mas ela rodou, o meu swing foi perfeito e abati-a ao primeiro tiro cobrada depois pela Naja, estava feliz, estes lances dão-nos alento, força para continuar, para sair da casa rumo ao incerto, movidos por uma Paixão que se alimenta de lances como este.

Recordo a noite em branco no parto da Iris, da Naja me nascer nas mãos, de noite após noite me levantar para ver como estavam, e como todo esse esforço e dedicação fazem agora sentido.

Obrigado Naja da Pedra Mua!




sábado, 21 de novembro de 2020

Entre Vírus e confinamentos, existe o Joost.

Entre vírus e confinamentos, lá saímos às galinholas, sem pensar em máscaras, em álcool-gel, sem a preocupação do distanciamento social, com muito campo para andar e muito ar puro para respirar e nada melhor que o gostinho especial da primeira da época, desta vez teve ainda um sabor mais especial, foi com um Cão novo, que além da Galinhola, nos brindou com um verdadeiro espetáculo nas perdizes, a sua grande especialidade, Indiscritível 3 lances magníficos com Perdizes que nos encheu as medidas.

Não sei como será a época a partir de agora, não sei se vêm pássaros, se vêm mais restrições, se vai piorar ou melhorar, mas uma coisa é certa, o gostinho da primeira já ninguém mo tira, assim como a certeza de que tenho um exemplar de sonho nas mãos, e que me irá seguramente dar muitas e muitas alegrias como aconteceu hoje, obrigado Joost.




segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Don bem acompanhado!

Mais que um Grande Atleta, o Don é um Amigo, um companheiro de longas jornadas, vamos agora entrar na 10 época de Galinholas juntos, muitos lances, muitas e muitas jornadas sozinhos no campo, muitos Km lado a lado, muitas alegrias, mas não me quero agarrar a memórias de tudo o que passámos no campo, pelo menos para já.

Mas dar continuidade a mais uma época de um cão com quase 13 anos, requer outra atenção e cuidados, para isso conto com o apoio e aconselhamento da Royal Canin, que tem ajudado e muito numa alimentação adequada do Don, mas também do apoio especializado da Canina, que nestes últimos anos tem sido vital, no que toca aos Suplementos Naturais que o Don tem tomado, tudo isto e uma boa gestão que tenho feito com ele, permitem com esta idade ainda conte com ele, como um membro activo da minha equipa.



Este ano, o Don está novamente a tomar o Canina Velox, para reforço do Sistema Músculo-Esquelético, melhoria da resistência e desempenho através dos ácidos gordos ómega naturais, que contribuem de forma muito importante para o metabolismo geral e das articulações em particular.



Aliado ao Canina Velox, está ainda a tomar Condroprotetores, CANHYDROX GAG, Indicado para fortalecer os Tecidos Conjuntivos, Cartilagem, Articulações, Ossos, Ligamentos e Tendões, importantíssimo para um Cão, que tem quase 13 anos, mas a sua cabeça ainda quer galopar como se tivesse 3 anos.

Uma alimentação cuidada, os suplementos certos, indicados por quem entende da matéria, uma gestão correta da carreira, e espero contar com ele, mais uma época, e cada Galinhola cobrada por ele, é uma vitória para toda esta equipa de profissionais que nos têm ajudado ao longo destes últimos anos.

Obrigado a Todos!

                                                          



sábado, 10 de outubro de 2020

Mais Treinos, mais calor.

Mais um dia de treino debaixo de muito calor, apesar disso foi um treino verdadeiramente proveitoso, se há dias que as coisas correram verdadeiramente bem, hoje foi um deles, com os cães mais novos a mostrarem valor, até o pequeno Qapone da Pedra Mua, parou as primeiras codornizes, nunca lhe tinha posto caça, e a coisa correu bastante bem, muita paixão, muita atitude para um cachorro de 5 meses, deixou-me verdadeiramente feliz.

Desta vez foi altura de experimentações, testar parelhas, testar o Joost com chocalho e beeper, talvez venha a fazer algo nas Galinholas com ele, mas como exemplar de Grade Busca, nunca tinha utilizado este tipo de equipamentos, mas o seu carater forte ajuda muito nestas coisas, e não houve qualquer diferença, fez tudo bem à primeira, sem nenhum tipo de dificuldade de adaptação, fiquei surpreendido pela positiva, estou cada vez mais apaixonado por este Cão, apesar da nossa relação ser muito recente, e ainda nos andarmos a conhecer mutuamente, vamos no bom caminho.







terça-feira, 29 de setembro de 2020

Primeira Monográfica do CPCPB

Disputou-se nos passados dias 18,19 e 20 de Setembro, na Torreia, a Primeira Monográfica do CPCPB, onde uma vez mais um exemplar Pedra Mua, teve um lugar de destaque vencendo em absoluto, quer nas provas de trabalho, quer em beleza, o que vem confirmar a nossa máxima, em que a morfologia e funcionalidade, não devem nem podem andar dissociadas.
Parabéns à organização pela iniciativa, e as filicitações ao exemplar do nosso Afixo,  Icone da Pedra Mua e ao seu proprietário e condutor o Sr. Ricardo Freitas pelas excelentes prestações, assim como a todos os participantes.

Resultados da I Monográfica do CPCPB

Dia 18
Solos:
1º EXC - CACT - Icone da Pedra Mua (cond e proprietário Ricardo Freitas)
MHR - Medeia du Mas du Zouave (cond e proprietário Ricardo Inácio)

Dia 19
Solos:
1ºEXC - CACT - Icone da Pedra Mua (cond e proprietário Ricardo Freitas)
2º EXC - Medeia du Mas du Zouave (cond e proprietário Ricardo Inácio)

Dia 20
Na modalidade a Solos foi atribuído a nota de CACIT ao Icone da Pedra Mua (cond e proprietário Ricardo Freitas)

Provas de Beleza.
Classe de Trabalho.
1º EXC CAC-QC BOB Icone da Pedra Mua (proprietário Ricardo Freitas)

Fonte: CPCPB

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Joost e companhia.

Iniciámos o treino por volta das 07.30h, com o terreno húmido e fresco, mas pouco depois já o calor apertava.
Levámos vários cães e saímos com todos várias vezes, com o Joost testámo-lo em diversos terrenos, mais fechado em terrenos típicos de Galinholas, com e sem Beeper uma novidade para ele, mas nunca se sabe como será a sua reforma, entendeu o conceito sem qualquer stress.

Andou a solos e em parelha com a Naja em terrenos que ele conhece e entende bem, amplo com espaço para desenvolver o seu belo galope, fazendo sempre as bordas, no geral esteve muito bem em todos os cenários, um cão que apesar de andar muito, sabe sempre onde está o condutor, algo que me agrada imenso num cão.

Creio que se for o caso, terá facilidade em parar Galinholas, quem sabe não será a sua próxima disciplina, quem sabe não se apaixona também por elas, não era caso isolado um cão de Grande Busca, fazer boas prestações nas Galinholas, temos vários casos disso mesmo, Gadget du Gourg D'enfer, Harper de Behigo, Icone da Pedra Mua, são 3 exemplos disso mesmo, de pura polivalência.


Saímos ainda com o Don e a Rosi, proporcionando um lance bonito ao meu irmão, e com a Tracy e o Ernesto del Zagnis, que apesar da baixa de forma, fizeram o que lhes competia, assim como o pequeno Qapone da Pedra Mua, que começa a gostar de andar no campo, mesmo sem a muleta dos mais velhos.

Foi uma manhã produtiva, gostámos do que vimos, em especial do Joost, que superou as expectativas, é quase como conduzir um Ferrari.  



Rosi em mostra, Don em patron.

  


domingo, 13 de setembro de 2020

CH IT GQ ; TR GQ. JOOST DU RIO PARANA

Uma viagem de rompante a França, feita por mim e pelo meu irmão, antes que voltassem a encerrar as fronteiras com Espanha devido à Pandemia de Covid-19 que cresceu nos últimos dias. Mais de 3000 km para a aquisição daquele que escolhemos para futuro reprodutor do nosso afixo, um exemplar magnífico proveniente da competição e que era propriedade e também apresentado em competição pelo Laurick Maudet, do Afixo Mas d'Eyraud que dispensa apresentações.

Este é um marco importante para o noso projecto e para a Cinófilia Nacional, um dos Cães de Top Mundial está agora em Portugal, como diz o Laurick Maudet, este é o protótipo do Setter Inglês, em estilo e Paixão, um magnífico exemplar, e um grande reprodutor com provas dadas, um pedigree fenomenal, é neste momento um dos 3 Setter com mais pontos de Pedigree.

Uma carreira feita ao mais alto nível nos mais importantes palcos da Europa, disputando cada resultado lado a lado com a elite mundial da Grande Busca, representando em 2018 a selecção Francesa de Gra
nde Busca no Campeonato da Europa. 


Contamos c
om esta aquisição, para manter os padrões de qualidade dos nossos cachorros Pedra Mua.

Obrigado Laurick pela confiança, pois não foi fácil separares-te do teu menino.


Clique para ver o Pedigree


domingo, 12 de julho de 2020

36ºC e sem vento

Noche du Vale de Ronceveaux
Sábado, um dia quente, uma manhã de muito calor, começámos bem cedo, mas no final da manhã estavam 36ºC e nem uma brisa corria, mas apesar das adversidades os cães estiveram bem, sabemos que não são as condições ideais para treinar, mas fazê-mo-lo em consciência, treinos curtos, e muita hidratação para os cães, os mais velhos saem primeiro quando está mais fresco, se é que esta palavra se pode utilizar num dia come este :) ficam algumas imagens do dia.

 Naja e Poker da Pedra Mua a voarem baixinho