quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mais Veron!

Novamente a caçar em terrenos conhecidos onde, a forma de pisar o terreno era inevitavelmente diferente, desta vez a escolha recaiu sobre o Veron, o Faruck tinha ido a este local na vez anterior, onde tinha feito uns lances magníficos.
A volta foi a mesma e, à semelhança da vez anterior o Pedro exactamente no mesmo local não iniciou a jornada com um abate, porque errou um pássaro, caso contrário seria uma fotocópia da outra jornada.
Em pouco tempo tínhamos avistado duas Galinholas, uma delas de levante larga aos cães que viria a ser errada pelo nosso acompanhante a fechar a jornada.
No preciso local onde o Faruck fez a paragem junto ao lavrado o Sr. que nos acompanhava erra uma Galinhola que lhe sai aos cães. Parada e trabalhada pelo Veron um pouco mais à frente, que espirra ao sentir-se encurralada pelos cães, era o meu primeiro abate.


Seguia-se uma zona que queria muito ver com outros olhos, já que da última vez tinha feito uma breve e rápida passagem e ainda assim tinha visto um pássaro, rapidamente o Veron fica parado, a Galinhola sai tapadíssima sem dar chance de tiro.
Não tardaria muito que ouvia o beeper cantar, acerco-me do cão e pouco depois, a Galinhola, qual Ícaro voava direita ao sol, fiz um tiro ao sol não ao pássaro já que, com a intensidade luz da manhã não a via, depois, apenas vi algo a cair como que largado do imenso redondo de luz, tinha-a abatido! Rapidamente mando o cão cobrar, assim como eu também ele tinha ficado cego com a luz e não tinha visto a Galinhola sair ou cair, cobra, cobra, mas rapidamente a tínhamos encontrado.

Daqui para a frente apenas mais uma Galinhola, que me saíra, (pensando um pouco) até saiu boa, mas errei-a com 2 tiros, mas galinholas erradas fazem parte de quem anda no campo!
Uma manhã fantástica onde, com um pouco mais de sorte poderia ter feito o cupo, o Veron mais uma vez fantástico a encontrar, trabalhar, parar e cobrar os pássaros, muitas alegrias me tem dado esta época!



domingo, 25 de dezembro de 2011

Gamarras de Natal.

Esta véspera de Natal seria feita em terras de Gamarras, pois rumamos ao sul do país, onde a nossa Bela Dama assume um outro nome, aqui são chamadas de Gamarras. Os terrenos eram duríssimos, estevas velhas, demasiado velhas, tão velhas que caminhar entre elas era um exercício que punha verdadeiramente à prova a nossa convicção como caçadores e amantes desta nobre disciplina, seria preciso sofrer tanto!?
Rapidamente os beepers tocavam, servir o cão era quase impossível e, quando ao fim de demasiado tempo o conseguia-mos alcançar estes saíam a guiar, pois as Galinholas já tinham saído a pés, os cães novamente a guiar por dentro das estevas abertas por baixo, tornavam a para-las e, tudo começava de novo, abrir caminho por entre as estevas para servir novamente o cão, e novamente tudo se repetia, o tempo a alcançar o cão era demasiado e as galinholas já estavam mais à frente, era um ciclo vicioso e andava-mos nisto, até porque os pássaros teimavam em não levantar e meter a cabeça de fora.
Já numa encosta fechada, perto de uma linha de água que era acompanhado no seu percurso por um serrado silvado, o Veron fica parado, o beeper toca, como estava perto de mim consigo chegar-me rápido a ele, uma curta guia e novamente parado, o coberto de arvores era tal que tinha um tecto de arvores, a galinhola arrepia para o ar, tentando sair, um tiro rápido e instintivo deita-a por terra. O Pedro já a frio conta-me que o lance tinha sido lindíssimo visto do outro lado da linha de água onde ele se encontrava, pois tinha visto a galinhola a sair sobre copa das árvores o sol da manhã tinha dado um brilho fantástico às penas, viu-a também cair de asa aberta após o meu disparo. Um cobro algo difícil mas eficaz, o Pedro gritava “agora só de Retroescavadora para a cobrares” mas este lance valera o esforço de uma época! A primeira estava feita, sacada a ferros num terreno duríssimo que nos tirava o chapéu vezes sem conta, que nos atirava ao chão demasiadas vezes e, consciente disso rapidamente percebi que, um abate ali seria algo muito complicado e difícil.
Lances atrás de lances no desenrolar da jornada, era mais do mesmo, quer para mim quer para o Pedro, que a custo tentava servir a cadela sem sucesso.
Numa zona alta do couto o Pedro tem a cadela parada numa pontinha de estevas baixinhas rodeadas de pasto verde, a Duska manda-se para o chão, o Pedro mete-se na frente da cadela com a incerteza que seria uma Perdiz ou uma Galinhola, pois naquela zona era o mais obvio uma Perdiz, mas sai-lhe uma galinhola das costas, estava parada pela cadela a uma distancia que o Pedro não imaginava e, ele julgando que se tinha posicionado com a Galinhola entre ele e a cadela, não percebera que era ele que tinha ficado no meio, um tiro estranho e lá foi ela.
Uns metros mais a cima o Veron pára num bico estreito de estevas eu, consciente das dificuldades, passo pelo cão e coloco-me de frente para ele no outro lado do bico de estevas que não tinha mais de 3 ou 4 metros de largo, para não ser mais do mesmo e, para a Galinhola não ir a pés já que as estevas logo ali alargavam montanha a baixo, atiro uma pedra para o meio da mancha, o Veron ao ouvir a pedra a bater nas estevas, dá dois passos à frente, a Galinhola, pá pá pá pá, a bater asas nas estevas e a sair por cima a tentar encobrir-se mas abatida ao primeiro tiro, um lance de fazer tremer e duas Galinholas abatidas num terreno verdadeiramente duro, pelo coberto, pelo terreno com uma urografia que desafia a gravidade e pelas Galinholas que ali, mandam elas!
Este foi um dia duro, difícil, mas emocionante coroado com dois abates complicados mas que valiam muito, pois estas duas mostravam que, somente malucos e apaixonados por esta caça se expunham a tanta dureza para caçar tão bela ave.



Aqui fica uma amostra do que se passou a jornada toda.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Um dia daquelas.

Mais um dia novas expectativas, um novo local com novas esperanças, a manhã apresentava-se mais fria que o habitual, um nevoeiro gelado tinha-se instalado num belo cenário de montado e estevas altas, a zona prometia, como se diz os olhos também comem, pois bem os meus ficaram saciados, pois o aspecto do couto ao percorrermos os seus caminhos era simplesmente lindíssimo!
Fomos acompanhados por um Sr. Que já conhecia bem a zona, onde nos indicou os locais onde deveríamos caçar, o Pedro rapidamente mata a primeira da manhã, mesmo ao início da mancha. Eu ia olhando para o terreno, vendo se havia algum ponto mais querençudo, mas era tudo muito idêntico.
Uma ou outra Galinhola ia-se levantando ao Pedro que, tinha ficado com o alinhamento dos pássaros. Numa zona aí sim típica de querença, num pico de mato junto de um lavrado o Faruck fica parado mesmo no início da pequena mancha, acerco-me rapidamente do cão, o pássaro controlado pelo cão, saiu para onde eu imaginava, abatida num tiro fácil, um lance lindíssimo do Maestro! Pouco depois o nosso guia levanta outra que não lhe deu tempo de atirar, trabalhada pouco depois pelo Faruck e errada por mim, saindo-me tapada.
Tive ainda um lance bonito do cão, mas a Galinhola sai para cima do companheiro, tive de a deixar rodar mas quando já não havia perigo no tiro já ela estava tapada, ainda atirei mas nada, foi pouco depois abatida pelo nosso guia. Um ou outro lance ainda surgiu mas sempre tapadas e complicadas, no final o Pedro abateu 3 galinholas eu uma e o guia outra, num dia de vários levantes, onde o Faruck voltou a ter um papel fundamental.