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Este tópico destina-se aos caçadores de Galinholas reportarem as suas Jornadas com a Bela Dama, podem enviar-me as historias e fotos que queiram partilhar publicamente neste nosso espaço de amantes da ave, enviem relatos e historias, é mais uma forma de todos nós termos conhecimento de como vai correndo a época no nosso território, bem como trocarmos experiencias sobre alguns lances.
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Por: Josué Vilas Boas. 02/11/2008
Muito bom dia. Apesar da neve lá conseguimos rumar até Vimioso, perdendo o dobro do tempo na viagem enfim, mas com um resultado que para este ano até não foi nada mau - uma perdz para cada um da linha! O meu binomio das galinholas bem tentou subir á serra de Montemuro, mas como certamente viu nas noticias, este era um dos piores trajectos por aqui no norte e portanto bicudas ficam para 5ª, com as expectativas bem redobradas.
Até lá um abraço rusticula.
Josué Vilas Boas.
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Por: Marcio Simões
02/11/2008
No Domingo depois de ter ido ás narcejas, ainda fui dar uma volta a um salgueiral onde há sempre uma bicuda, as minhas expectativas eram poucas, tinha chovido mt e o terreno exceptuando as zonas mais altas estava demasiado encharcado, e foi aí que após 30 min que a Java deu a única galinhola do dia á morte, no feriado tinha combinado com um amigo meu irmos para outra zona de caça, 3° graus e a chover a potes a vontade não era mt, mas lá fomos, a chuva essa foi companheira de toda a jornada, fizemos 9 levantes (6 com paragem), galinholas a levantar largo, outras a nem levantarem, a última galinhola esteve parada pela Hélia e a Mira mais de 5 min, que mais parecia uma eternidade, fazem o deslize e galinhola nada, a zona estava bem cercada, terá voado antes de nós chegarmos ou fugiu á pata? Não sei nem consigo perceber, mas é disto que é feito a mística da caça á galinhola, resultado final 3 galinholas, uma molha do Miguel até ao peito (teve que ser puxado pela caçadeira p/ conseguir sair) e um belo entrusamento de cães, a Java é a 3ª vez que sai ás galinholas e de todas as vezes deu galinholas á morte, por este caminho vou ter cadela…
Um bem hajam
M. Simões
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Outra forma de caçar as galinholas 05/12/2008
Caçar as galinholas só com cães de parar, a única arma permitida é a câmara de filmar ou fotografar.
Convido todos os amantes desta caça, digo amantes pois o habitual curioso terá mais dificuldades em aceitar este desafio, em cada dia de caça tire um terço do tempo disponível para fazer este exercício ( Caçar as galinholas sem arma só com cães de parar, a única arma permitida e a câmara de filmar ou fotografar).
Se conhece um local de crença em que o pássaro se instala , não mate esse pássaro, esse será o local ideal para iniciar os seu cães mais jovens, ou quem sabe iniciar o seu álbum fotográfico.
Vou partilhar uma história contada por um amigo.
" Um caçador amante dos cães de parar e grande criador de setters numa certa época de caça as galinholas ia todos os dias ao mesmo pinhal com um setter diferente , o cão ao fim de algum minutos parava uma galinhola o dono mandava-o deslizar e a galinhola lá saia a voar por entre as arvores ,o caçador apontava a arma durante algum tempo sem disparar e o cão permanecia imóvel a observar o vou-o da mesma, fazia-o sempre sem atirar a galinhola .
Um curioso local ao ver o caçador todos os dias a entrar no pinhal e sair sem dar tiros e sem caça alguma, decidiu averiguar o que de facto se passava .
Um belo dia, tudo se repete a cão para o dono manda-o deslizar e a galinhola saía a voar por entre as arvores ,o caçador aponta a arma durante algum tempo sem disparar, o curioso vê a galinhola a passar por ele e não hesita mata-a ao primeiro tiro , cheio de orgulho pela destreza do tiro e ainda curioso com o que se tinha passado com a arma do dono do cão interroga-o.
- Então o sr. não consegui disparar ao pássaro?
E dono do cão disse-lhe:
- Não, essa era única galinhola existente neste pinhal, eu vinha cá todos os dias só para caça-la não para a matar . "
" E na morte do pássaro que todo o encanto acaba. "
A caça adaptada as novas realidades e a preocupações ambientalistas vai passar por uma reestruturação a todos os níveis.
Um dos aspectos mais importantes na mudança, será a mentalidade do caçador português, e a opção pela qualidade em detrimento da quantidade, o melhor caçador na realidade moderna não e o que mais mata, mas sim o que maior prazer tira com um menor numero de caça abatida, pois a caça a muito que deixou de ser um meio de subsistência para ser um desporto de lazer.
Ass. Paulo Miranda
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Mais um filme dificel de te contar! 05/12/2008
Como te tinha dito, na semana passada, em Montalegre, não pode ir às galinholas, pois o nevão foi tão intenso aqui no norte do País, que ninguém conseguia passar para esses lados!Bem, dois dias sem caçar! Estava a ficar desesperado! Ao mesmo tempo pensava nas entradas das aves nessa semana, pois finalmente tinha chegado o Inverno em Espanha, França e Alemanha, o que me levava a concluir, que as minhas zonas de caça estavam agora com mais alguns pássaros.De facto, toda a semana, telefonava para Montalegre, ao Sr. José, ao Sr. Fernando e ao Sr. José Manuel, todos Eles companheiros de Montalegre. Diziam: “ estão algumas aves a entrar “! Eu ficava mais animado e ansioso, à espera de melhoras no tempo, pois só pensava na próxima caçada, porque ainda não as tinha visto este ano! Enfim, coisas da vida!Falei também com pessoal de Viana de Castelo, bem perto do litoral, esses é que já viram pássaros e às dezenas! Por isso, levava-me a concluir que muitas galinholas que vieram até nós, acabaram a sua rota no litoral. Já era de esperar, quando cai muita neve no norte do País, eu fico sem aves e eles têm mais sorte, assim como Tu Jorge!O vício era tanto, que esta quinta-feira, resolvi meter o pés ao caminho, pois grande parte da neve já tinha derretido e isto prometia mesmo!Levantei-me às 6:30, dei o leitinho a minha filha como de costume e fui leva-la à Ama. Depois foi buscar os cães e o meu inseparável colega de caça. Chinela, lá esta à minha espera às 7:00 em ponto. Rumo ao pequeno-almoço, galinholas a cima, galinholas a baixo, lá ia-mos falando e falando de aves! De repente, só me apercebo de ver um carro a minha frente....e prússsss, lá me estatelei num desgraçado que se atravessou a minha frente, vindo do cruzamento do meu lado direito, não respeitando o stop do seu lado. Bem, se já estava nervoso, mais fiquei!Chamei a GNR, entretanto tratei da papelada e só pensava: “ não tenho sorte nenhuma, tanto tempo sem ir a caça, tinha que me acontecer logo esta porr....! Bem, mais uma vez, coisas da vida!Documentos, preenchidos, o meu jeep conseguia andar em perfeitas condições, lá rumei a Montalegre, tentando não pensar no que me tinha acontecido, pois foi fácil, porque só pensava em galinholas, galinholas, entradas, neve, etc.Chegado ao destino, desta vez o meu local preferido, terreno este cheio de imensas giestas negras e grandes, mesmo grandes!Lembro há uns anos, o companheiro Jaime lá ter morto 7 aves num só dia. Local este, de facto bom, pois muitas aves se metem dentro deste enormes giestais de difícil acesso, só os cães lá conseguem entrar, ladeados por gado ovino por todo lado! Por isso a chuva também não penetra, e já sabemos que estas aves não gostam de apanhar pingos nas costas!Já na aldeia, comecei a caçar por cima da mesma, mancha após mancha, nada saía! Belo trabalhava lindamente, mas Tia, não queria sair de perto de mim, o típico Perdigueiro Português, não sei o que lhe deu, apesar nos meus incentivos.Após 2 horas, nem uma ave vimos. Ainda alguma neve, dificultava o andamento de todos nós. Nisto, Belo, numa correria, levanta-me duas perdizes já fora de tiro! Eu pensava, pelo menos podia pendurar uma perdiz! Já desanimado, ao fazer a volta para o carro, diz Chinela : “podias bater aquele giestal cerrado!” Eu pensava para mim: “ não demos com nenhuma bicuda, lá iria estar uma mesmo ali”.De facto tinha razão, Belo entrou pelo lado contrário, quando logo de seguida a bicuda saiu também pelo lado contrário, ou seja, felizmente para o meu lado, não dando tempo ao cachorro de a parar. Tia cobrou logo de imediato, entregando em mão como de costume, cobro este excelente, de olhos arregalados, tal como eu, a cadela até parece chorar de alegria..... eu pensava.... Sou feliz, tenho a minha primeira ave este ano.Muito obrigado Senhor, por me teres ajudado a ser feliz mais uma vez.
Luis Novais - Guimarães
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3 Pássaros a voar...
Com o decorrer dos dias em Dezembro, é cada vez mais evidente a chegada de pássaros cá por cima.
Nada de admirar, pois como Tu sabes e temos falado, estes em Novembro não chegaram a Montalegre, ou melhor, foram vistos um aqui, outro ali, etc.
Logo pela manhã, mesmo ao chegar ao meu local de crença, avistei uma galinhola enorme que se cruzou em frente ao carro, a qual Chinela apontou com os braços e abateu logo ao primeiro tiro! “ Isto promete, uma já está, dizia Ele!” Eu ria-me da situação, mas de satisfação, pois era bom sinal!
Chegado ao local, paramos para pensar como deveríamos bater os giestais e os carvalhães. Sugeri então começarmos pelos giestais, pois desta forma, algumas tendem a voar par dentro de carvalhães serrados e estes seriam batidos no final.
Assim foi. Belo, como habitual corria lá para dentro e Tia ao meu lado, como estivesse à espera de cobrar a peça como já é costume!
Chinela caminhava por cima dos cabeços, eu por baixo nos lameiros, pelo nosso meio ião os cães. Belo, dentro dos giestais, cheira algo de certeza, pois a sua cauda abanava de tal maneira, que mais parecia uma bandeira ao vento. Tinha que ser alguma. Aviso Chinela pelo rádio, fico atento mas...nada! De certeza que esta, já se tinha esquivado para outro lado.
A caçada continua, e a cena volta a repetir-se no cimo da serra onde os giestais, dobrados pela neve que tinha caído, eram negros e densos, mas nada.....
Parei lá em cima, chamei pelo Chinela e enquanto fumava um cigarro, disse “ vais agora Tu por baixo ao encontro daqueles carvalhães, que eu descerei por este lado até lá.”
Pelo caminho, Belo marra de tal maneira que eu disse: “ mais uma!” Mas não, era um melro ratado de baixo de uns ramos tombados ao pé das giestas e o meu coração quase me sai pela boca.
Nisto, continuo a descer, a descer até ao ribeiro, onde tive dificuldade em atravessar, pois levava muita água devido ao degelo das montanhas mas lá consegui passar.
Já junto aos carvallhães, chamei pelo Chinela para se pôr do outro lado, pois eu entraria pelo meio.
Novamente Belo, numa correria para aqui e para ali, pressente algo, mas nada, mais um falso alarme. Nisto ao chegar ao topo, avistou num deslumbre rapidíssimo o vulto negro a dobrar o cabeço, que só me deu tempo para erguer a arma, pois nem se quer tive tempo de apontar, só me restava de ouvir o tiro no Chinela no outro lado, mas....nada!
Viro para a direita, Belo e Tia desta vez trabalham em conjunto no rasto de alguma, e zaplazapzalapla..... nem deu tempo para Belo marrar, pois estava quase lá a chegar bem perto dela, no entanto, consigo os dois tiros, mas a bicuda desvia-se com uma mestria e rapidez que só visto! Vejo onde ela pousou, acendo mais um cigarro e espero um pouco. Chamo o Chinela, e rumo até lá. Conto-lhe o que aconteceu, pergunto-lhe se não viu a primeira e fomos até lá devagar. Os cães, já lá estavam, Belo dentro do sujo, desliza para a minha esquerda para fora na mancha em direcção ao lameiro que passava no fundo! Eu espantado, chamo por ele, mas ele nem se quer me quis ouvir! Dei uma correria para junto dele e mesmo ao chegar à descida do lameiro, Belo denunciava a sua presença do rasto trabalhando de um lado para o outro. Mais uma vez, zaplazaplazapla, mais um tiro e desta vez caiu, pensei eu, pois deixei de a ver voar ao mesmo tempo que atiro pelo meio dos carvalhães. Chamo pela Tia, e Belo desce até lá baixo primeiro! “Busca Tia, cobra, cobra. Após dez longos minutos, pensava para mim... não pode ser... falhei outra vez....quando vejo Belo já no cabeço em frente, cheio de giestas, em cima dela outra vez. Chamo a Tia, o Chinela e mais uma vez vou em cima dela. Nisto a Deusa, a misteriosa, a bicuda, a enganadora, a manhosa, faz o “ salto do peixe “ dentro das giestas, mais uma vez nem deu tempo para nada, só ver.... Chamo os cães, eles entram no rasto, para um lado para outro lado e nada, nada mesmo.... “ Que se passa agora, estou bem posicionado tu não sais, desta vez apanho-te !!!
Pois é Jorge, foi assim, três passámos, zero abate, ou melhor o Chinela é que levou a melhor quando “matou aquela que lhe passou à frente ainda dentro do carro !!! ”
Para a semana há mais, errei ajustar contas com elas ao mesmo local.
Um braço,
Luis Novais
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E de repente...
07/12/2008
Último dia de caça às perdizes na Zona de Caça Associativa, decidi então levantar-me cedo e soltar o Zeus, um “cachorro” de 18 meses da mais pura raça Kleiner Munsterlander, merecia uma voltinha, mostrar-lhe que ali bem perto de casa, também há Perdizes, sem aquelas viagens chatas e aborrecidas que ele tanto detesta, em jeito de despedida das vermelhudas que ele tanto gosta, lá fomos nós, que saudades de andar lado a lado só com um dos meus amigos inseparáveis.
Lá fui, de parcela em parcela, quando de repente…numa delas, em declive acentuado, abandonada como tantas outras, feno rasteiro e umas pequenas azinheiras a manchar a paisagem, o Zeus opta por descer por um lado e eu por outro, quando de repente vejo passar-me à frente, irrompendo do meu lado esquerdo, uma bela ave que instantaneamente me fez recuar uns bons anos e com os olhos quase fora das orbitas contemplei aquele voo enigmático e belo, era uma “Becada”; ainda levei a velhinha VS à cara mas…não podia fazer aquilo, é mais forte do que nós, nós os que sentimos como se deve caçar à Dama, e espantado com tudo aquilo, pensei:
Será que voltei a ter um cão de galinholas? Lembrei-me da minha Simone de Alcobaça, a minha primeira Breton e que bem caçava ela à nobre galinhola, depois veio um Setter, o Parsifal, também ele bom ,mas…a Simone, deixou um vazio, que me fez arredar desta caça, trocar a Laurona “Especial Becada” e arrumar todo o material usado nesta paixão que é a caça às Galinholas em bosque.
Resolvi, no dia seguinte (8 de Dezembro) voltar lá e…como quem não quer a coisa, deixar o Zeus cheirar, bisbilhotar e…na parcela de baixo, tira-me ele novamente a nossa já conhecida do dia anterior, que com um Eley 30 gr de chumbo 7, a derrubo para depois o Zeus efectuar um cobro como vem nos livros.
Voltava a alegria e a paixão pela caça da Dama, retive-a na mão um bom pedaço de tempo, verifiquei a “pena do pintor” e…senti-me feliz, profundamente feliz. Resolvi então, regressar ao jipe, carregar o Zeus e…rumo à zona (uma das…) de querença delas.
Fiz mais dois levantes, vi a “bomba” que se está ali a formar, generosidade, valentia, paixão, tudo aquilo que um cão de galinholas tem obrigatoriamente que ter, vi o espaço deixado pela Simone de Alcobaça mais encurtado e vi também mais duas Galinholas serem falhadas, tal o deslumbramento. Queria tanto que o próximo Domingo chegasse…voltei-me a apaixonar.
PS. Aprendi a amar esta caça com Domingo, um Asturiano, verdadeiro caçador e Homem da montanha, e com ele também conheci a paixão pelos Corços, o Duende. A ele e para ele o meu obrigado, voltei a caçar às Galinholas.
Paulo Barbosa
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Montalegre,
11/12/2008
Jorge, lembras-te de te falar o cachorro novo (Belo)? Um cruzamento de Setter com Pointer!?Com certeza que sim. Mais uma vez uma galinhola, desta vez bem marrada por ele. Simplesmente magnifico e lindo de se ver.Foi assim : Rumo a Montalegre no dia 11 Dezembro, ia bater um local onde fiz dois levantes ao mesmo pássaro no domingo passado e tinha falhado no abate.Lá chegado, comecei por entrar por cima do cabeço, mas os cães não indicavam sinal de galinholas. Eu admirado, não queria acreditar, pois nesse local, tinha falhado aquela manhosa que me enganou por duas vezes, finalizando com o "salto de peixe" no meio dum giestal majestoso e impenetrável.Bem, então e agora? Vou bater um carvalhal enorme do outro lado a ver se encontro uma bicuda. Lá entrei, Belo e Tia ao meu lado a trabalharem lindamente. Mesmo na entrada, Tia faz-me uma paragem a qual Belo ao vê-la também marra junto dela. Não sei o que se passou, talvez algum pássaro já tenha estava mesmo ali e levantado sem que me tenha notado, pois não seria de admirar visto Belo caçar sempre um pouco afastado de mim, um defeito dele, mas ainda é novo.Mais a frente deixo de ver Belo, que numa correria entra para dentro de um sujo mas não o consegui acompanhar, pois não consegui passar.Já no final do carvalhal e com saldo negativo, avisto junto ao ribeiro um lindo conjunto de árvores serradas e fechadas, então pensei com instinto de galinhola: " se fosse galinhola este seria um bom sítio para mim ". Rumei até lá, quando Belo, já quase lá a chegar, o pássaro sai-me do outro lado, nem esperou por nós, aponto mas como vai larga não atiro, acompanho o voo e vejo-a entrar numa marrada de giestas baixas a uns 300 metros. Belo a correr a trás dela, Tia a mesma coisa, chego ao local já cansado deixando de ver Belo, mas Tia sempre a minha beira como de costume. Lentamente e atento ando para frente, para trás pois só passado 10 minutos é que belo a marra junto a um muro, salta por cima do cão e por cima de mim, deixou-a alargar um pouco e cai ao primeiro tiro. Tia cobra primeiro que Belo, mas como recompensa para Belo deixa-a cair e Belo faz-me o cobro. Simplesmente Belo e magnifico.
Um abraço,
Luis Novais
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Montalegre,
18 Dezembro 2008
Jorge, 3 passámos, zero abates, mas valeu a pena!
Nesta quinta-feira, valeu a pena e muito, um espectáculo de paragens à Dama dos Bosques para os cachorros. Com Tia e Belo a fazerem belas paragens a um pássaro que me fugiu inteligentemente.Num dos meus locais de costume, mal sai do carro, pedi a Chinela que se descolasse para o outro lado na mancha de carvalhães, mas mal entro pela parte de baixo, vejo Belo a correr a grande velocidade para dentro de um maralhado de carvalhos baixos e lenha velha. A bicuda sai-me com rapidez e mestria sem me dar possibilidade de tiro! Aviso Chinela, mas não foi preciso, pois ele já a tinha visto, larga... fomos então ver o local onde pousou. Batemos o terreno como deve ser, mas quase na extrema do giestal a Dama sai-nos novamente mas larga sem dar hipóteses de tiro novamente depois e nada..., nem rasto dela, com terrenos dobrados, carvalhães densos e giestais majestosos, nunca mais a vimos. Na próxima e se calhar vamos à “ paisana “, como Tu dizes!Continuam a busca, já em outro local, novamente peço ao Chinela que se desloque para o final do carvalhal, bato o mesmo sem qualquer rasto de bicudas, mas... já no final uma outra sai-me sem contar e vejo onde ela pousa! Belo logo de imediato a localiza mas falho a galinhola, ao mesmo tempo Tia e Belo tentam a encontrar mais à frente. Nisto ouço outro chocalho, e penso deve andar mais aqui alguém. Um setter veio ao meu encontro e o respectivo dono. Parei a conversar um pouco e resolvemos os dois ir atrás dessa... O companheiro novo por de baixo e eu ao meio do carvalhal, mal passo um muro de pedra, vejo Tia marrada a uns 15 metros, zaplazapla e arranca-me por de trás dos carvalhães rasteiros e pequenos, mas falho-a de novo... parei um pouco e pensei...”não pode ser...até me saiu bem...”. Belo fica marrado no rasto quente onde ela estava... lindo de se ver....esperei um pouco, pois poderia estar uma outra mas nada. Mais à frente, já no final do carvalhal, Belo sai a um caminho, vejo-o marrado e mal dou um paço em frente, a dama sai-me por de trás de um carvalho grosso, tento me desviar dele e vejo Tia e Belo numa correria caminho a baixo e a galinhola quase por cima deles a voar, atiro mas larga e falho-a de novo, aviso a outro companheiro que também a falha... falo com ele, e mais a frente novo levante, desta vez ele, mas falhou de novo dizendo “ esta ja nem merece morrer “ e tinha razão... não morreu.A jornada continuo, mas só Chilena viu mais uma longe, bem longe...mas não fomos atrás dela fica para outro dia.Resumindo : Um excelente dia de caça para Belo com três paragens, Tia com uma paragem lindíssima e zero abates. Há, vimos ainda um corço e um coelho...da próxima será ainda melhor.Um abraço para o companheiro de Vila do Conde que fiquei a conhecer, que certamente nos encontraremos um dia e um Bom Natal para Ti e para os Teus Jorge.
Luis Novais – Guimarães
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Jorge tudo bem? Espero bem que sim.
Este Domingo zero, foi mesmo para esquecer! A propósito lembro-me disto:
Cintando :
Sou um bom caçador de galinhola!
Certo dia nas matas de Guiães
O meu cão (sem fervor o rei dos cães!)
Assim como quem abre uma gaiola,
Citou-me uma manhosa a bom cariz,
Mesmo a ventar-me as abas do chapéu
(Isto é verdade ou eu não seja eu!)
A um palmo, se tanto, do nariz!
Sou atirador certeiro – nunca falho!
Mas acendi-lhe um tanto ao atrapalho
E a ladina fintou-me a pontaria!
O cão ladrou injúrias, descorçoado!
E eu lhe tornei: “Também já tens falhado!”
Baixou o rabo e seguimos caçaria!
Bom Natal,
Luís Novais
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Antes de mais um Bom Natal e um 2009 cheio de lances, são os votos sinceros do Josué e colegas. Infelizmente não tenho caçado ás galinholas, pois entretanto partiu o pai do meu mestre e como tal o interregno era inevitavel. Vamos este Domingo despedirmo-nos das vermelhas de Vimioso e depois sim dedicarei todos os dias ás nossas protagonistas. Entretanto no ultimo dia só cobrei um passaro e precisamente cobro este efectuado pela Diva na altura com 7 meses e 21 dias, antecedido de uma paragem de ventos inesquecivel, espero que o mestre não esteja enganado e que a cadelita se vá tornando Becadera. Um abraço e em breve anexo as prometidas fotos.
Josué Vilas Boas.
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PARA MIM FAÇO O BALANÇO DA ÉPOCA 2008/09
Guimarães, 29 Dezembro de 2008
Caro Jorge,
Infelizmente Jorge, este ano para mim acabou de terminar na caça às Galinholas!
Desde Novembro tenho andado atrás da Dama do Bosque como Tu sabes, mas, e como os dias na Municipal de Montalegre chegaram ao fim, embora se possa caçar em Janeiro e Fevereiro, decidi terminar este ano, não só por não ter mais dias comprados, bem como a partir de agora, cada dia custa 30 euros, lamentável a meu ver, acho demasiado caro!
Mas a principal razão, leva-me a pensar, pois o meu companheiro de caça “ Chinela “ merece ir um pouco os tordos, caça que ele adora muito. Por isso, ficou combinado caçarmos aos tordos até final desta época de caça. Ele merece, não só por ter sido até agora um bom companheiro, bem como na sua impossibilidade de caçar a outras espécies, pois teve um enfarte há bem pouco tempo, a vida é assim Jorge.
Caçar é muito mais que matar e distribuir euros a municipais mal geridas, ou seja, com fins monetários, sem uma gestão adequada, sem fiscalização e pouca caça, ou melhor, muita caça e ilegal! Convém variar um pouco a ajudar o meu parceiro de caça, pois ele merece mesmo.
Montalegre, terra do saudoso Padre Domingos Barroso, que lá caçou a muitos anos, com os seus Perdigueiros “ Turco “ e “ Beleza “, quando havia de facto perdizes, lebres, entre outras espécies cinegéticas, tem sem dúvida muita potencialidade, não só em termos cinegéticos, como no ramo dos produtos regionais e hotelaria, umas das regiões do País mais ricas neste aspecto. Como exemplo tem a segunda serra mais alta do País, a serra do Larouco, tem o único parque nacional, “ Peneda Gerês”, tem ainda as albufeiras do Rabagão, Lindoso, Paradela, Sezelhe, Venda Nova, entre outras, de salientar o fumeiro tradicional e a vitela barrosã. De tudo um pouco, até cogumelos e trufas, alcateias de lobos tem. É de facto uma admirável e única beleza toda esta região.
Em relação à Galinhola, terrenos estes demasiados bons para esta espécie, só tenho pena de seres de longe, pois, e caso contrário poderias ver com os teus próprios olhos! Aqui esta espécie abunda mesmo. O facto de caçar tão poucas aves, deve-se ao terreno ser demasiado grande, cerca de 40.000 h de zona de caça. Só para teres uma ideia, a caça aqui, chega ao ponto de procurares uma galinhola no teu carvalhal habitual tirado a papel químico de um da Roménia ou Hungria, lá encontrares uma ou três pássaros e no fim de semana a seguir, estes já não estarem lá. Isto porque, aqui há muitos caçadores de coelhos, estes caçam tudo menos coelhos, até corços matam! Serras dobradas e giestas enormes, regatos serpenteando por todo lado e cães novos, vêm de certa forma complicar a caça a esta espécie.
Bem, tenho saudades do velho cão “ Xanana “ e do terreno livre, onde cacei muitas em Vila Pouca de Aguiar, Cabeceiras de Basto, Viana do Castelo, Aveiro, Paredes de Coura, Caminha, entre outras regiões.
Para o ano, mude-me de vez, para uma reserva associativa em Montalegre, para a Serra do Barroso. Penso ser uma excelente zona de caça, conheço pouco, mas tenho boas informações de Galinhola, perdiz, rola, codorniz e rola. No final desta época lá irei conhecer melhor a nova zona de caça, pois estou cansado da zona de caça municipal...entre outras.
Bem, Jorge no que diz respeito a balanço este ano é o seguinte:
Novembro: 4 dias de caça e zero pássaros, nem os vi, embora tenham aparecido alguns...
Dezembro: 4 dias de caça, muita neve, 7 pássaros, 2 abates, nada mau... com cães novos...
Uma palavra para os meus cães, Belo e Tia. Um Pointer, fruto de um cruzamento com Setter, e uma cadela perdigueira portuguesa. Este merecem todo do mim, penso que até lhes dou pouco em relação ao que merecem.
Um grande abraço para Ti Jorge e já agora um bom ano.
Cumprimentos,
Luís Novais – Guimarães