segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Muito Dificeis!

Mais uma manhã a caçar sozinho, frio, muito frio e terrenos duros e fechados só dificultavam as coisas.

Logo pela manhã uma galinhola errada com a Paris da Pedra Mua, uma jovem cadela, que este ano começa nas lides das Galinholas, depois batemos tudo e não demos nem com ela, nem com mais nenhuma.

A Meio da manhã troquei de cadela, para a Naja da Pedra Mua, e fui dar uma volta na zona mais fechada nos cabeços, uma primeira Galinhola que sai encoberta e sem hipótese de tiro, andámos para cima e para baixo, um sobe e desce cabeços, cerca de 3h atrás desta Galinhola, a Naja volta a para-la numa zona fechada, mas eu estava longe, vejo-a a voar toda a descoberto, linda pensei eu! A Naja pouco depois volta a para-la numa mancha muito fechada, o beeper a tocar sem fim, ainda temi que fosse um javali, seria o segundo da manhã, a Naja sai no rasto, pois a Galinhola já se tinha furtado a pé pelas minhas costas, e vejo-a levantar já longe, mas um tiro certeiro e um bom cobro, acabava com 3 hora de um embate justo, uma manhã bem passada e bem caçada, não são precisos muito abates para me sentir feliz, basta um pássaro soado e bem trabalhado.


segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Um Cupo na abertura.

Por tradição não me visto de laranja antes de dia 15 de Novembro, por norma é a data da minha abertura às Galinholas, mas este ano foi diferente, pelo São Martinho já se ouviam muitos relatos de abates um pouco por toda a parte, isso deixou-me pensativo e ansioso de ir ao campo.

Sábado, fiz mais uma viagem solitária, nevoeiro como companhia, envolto nos meus pensamentos, pensava por onde começaria, não conheço o couto, desconheço as crenças, teria apenas de confiar nos cães e na minha perceção dos terrenos. 

Antes de iniciar a jornada, fui fazer um treino à pequena Ria da Pedra Mua, é bonito ver como uma cachorra tão novinha, sem qualquer interferência Humana no que toca ao ensino, faz o que faz, apenas guiada pelo seu instinto natural e pela sua genética.

A jornada começava então, com a Naja como companheira, não mais de 2 minutos e estava parada com a primeira Galinhola, dois beeps e pássaro no ar, viria a dar com ela alguma horas depois, parada pela Naja e a não me deixar chegar novamente.

Os pássaros eram de entrada, pois duas estavam juntas, apenas abati uma, a outra tinha saído de pantufas sem fazer barulho e não dei mais com ela, mas dei com mais duas, que assumiam o mesmo comportamento típico de Galinholas de entrada, ao mínimo barulho a levantarem.

A jornada foi inesperada, 5 galinholas vistas, 3 abatidas, muito calor, muito duro para os cães e para mim, num quase dia de praia, andava eu a cobrar Galinholas debaixo de um sol esplendoroso.

Esta entrada de pássaros não define o que será esta época, por aqui não se pode vaticinar como será o restante da época, até porque noutros anos nesta altura ainda nem sequer andava ás Galinholas, foi apenas uma entrada precoce, o que definirá a época será a entrada de Dezembro, até lá é mexer os cães e ganhar pernas para o que aí vem.