sábado, 29 de dezembro de 2018

Naja, a suspeita do costume.


Uma jornada sem muita história, com pouco para contar, muito e muito calor, terrenos demasiados secos, os locais onde deveria estar um pássaro, estavam desertos de vida, um bando de Perdizes Bravas deu um ar da sua graça, permitindo à Naja desenjoar um pouco do cheiro das Galinholas, se é que um cão de Galinholas alguma vez enjoa aquele aroma.
As horas iam passando, a cadela fazia o papel dela com toda a entrega e Paixão, mas Galinholas nada, já perto do carro, convencido que seria uma jornada para esquecer, a Naja nitidamente cansada, movida mais a paixão do que a razão, ainda teve o discernimento de parar uma Galinhola, abatida ao segundo tiro, cobrada depois pela cadela que assim, salvou mais uma jornada. 

Obrigado Naja!

15 Km percorridos, de Galochas num dia quente e em terrenos duros, benditas meias de descanso da Benisport.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Naja, volta a encantar!


A jornada começava como tantas outras, com longos Km de carro, feitos de noite e sozinho, apenas acompanhado pela musica do Radio e com os meus pensamentos, pensamentos que cada vez menos me atormentam, pois a Naja é já uma certeza, e saio com ela ao campo, com a mesma confiança com que saio com o Don, algo que eu achava difícil, tendo em conta que, a Naja é ainda uma cachorra de pouco mais de 1 ano.
A zona era bastante conhecida, pois fiz lá incontáveis jornadas com o Faruck, aquele lugar é para mim especial, em cada recanto vejo o Faruck parado com uma Galinhola, em cada crença, lembro-me de um lance com ele, pois foram tantas as Galinholas que ele ali me deu com toda a sua mestria, mas desta vez, os terrenos eram pisados pela Naja, uma jovem Setter, que me agarrou o coração, que me faz lembrar o Faruck com a mesma idade, pela sua audácia, pela sua Paixão, e pela forma descomplicada com que encontra e pára Galinholas, neste momento esta jovem cadela, despertou novamente em mim, algo adormecido há muito, a Paixão de sair ao campo com um cachorro, e ver o desenvolvimento a cada jornada, mas a procissão ainda vai no adro, pois a margem de progressão é enorme.
Terrenos molhados pela chuva nocturna, que decidiu dar-me uma trégua assim que eu estacionei o carro, mas que amaciou o terreno duro, e proporcionou uma jornada mais fresca para a cadela.
Hora e meia passada desde o inicio, e a Naja entra em mostra, numa zona mais aberta no centro de um terreno fechado, sirvo a cadela e a Galinhola sai para cima, abatida ao primeiro tiro, e depois muito bem cobrada pela Naja, estava felicíssimo, nesta fase um pássaro, em terrenos daqueles com uma cadela nova, é já de si uma vitória, mas tão bem parada, é ainda mais especial, a manhã estava salva, agora era continuar e ver o que nos reservavam aqueles terrenos.
Passado cerca de uma hora, a Naja volta a fazer tocar o beeper, sirvo a cadela, e a Galinhola sai para cima de mim, abatida de trás para a frente, novamente cobrada. Mais uma manhã de grandes emoções, esperemos que o restante da época, assim continue, e nos permita continuar a desfrutar do campo, e dos cães com a mesma Paixão que nos move há anos.


sábado, 15 de dezembro de 2018

Simplesmente Naja.

Há momentos vividos no campo, atrás das Galinholas que são difíceis de esquecer, outros lembramos recordar, sempre que estamos sós, pois bem, o primeiro lance de hoje da Naja da Pedra Mua, será um desses, que lembrarei para sempre. Uma cachorra com pouco mais de 1 ano, nascida nas minhas mãos, que me retribui agora com mestria, todos o cuidado e o investimento feito nela. 
Uma Galinhola que tinha sido parada momentos antes, mas que não a vi nem ouvi sair, mas percebi ser um pássaro, pela atitude da cadela, que correu como se fosse a um tiro. Pouco depois volta a parar a Galinhola, acerco-me, e passados vários toques do beeper, decido desviar-me de um arbusto que me tirava a visibilidade, caso a Galinhola saísse para aquele lado, sirvo a cadela por trás, e quando me acerco mais dela, vejo a Galinhola no chão, linda, levanta pouco depois e é abatida e cobrada muito rapidamente. Estava eufórico, e quem não fica, quando aposta as fichas todas numa cadela.

Pouco depois um segundo pássaro, muito bem trabalhada pela Naja, a encastelar por entre os pinheiros, e a cair redonda, era a segunda da manhã, não dá para ficar indiferente, a minha expressão diz tudo. Aos poucos apercebo-me da verdadeira qualidade da Naja, imagino o que será esta cadela daqui a 2 épocas, quando já faz pássaros desta maneira, com esta idade.

Nada melhor que uma manhã destas, para testar os novos produtos da Benisport, que demonstraram toda a sua qualidade e conforto, em terrenos muito duros,


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Benisport.

Mais uma grande empresa, que associa a sua imagem à do Canil da Pedra Mua, desta vez a Benisport, uma prestigiada marca de artigos de caça, com produtos de qualidade, que além de recomendarmos, iremos utilizar nas nossas durissímas jornadas de caça.

Ficam alguns dos produtos da Benisport que utilizaremos, bem como um Link da marca, onde poderão ver toda a gama, produtos de grande qualidade, bem desenhados e com materiais modernos e duradouros, indicados para todo o tipo de caça, e em especial a das Galinholas.

Desde já, agradeço à Benisport Espanha, bem como ao importador para Portugal, a Espingardaria Clássica.
 


sábado, 8 de dezembro de 2018

Tem outra magia.

Como sempre, nestas andanças atrás das Belas Damas dos Bosques, a alvorada foi madrugadora, antes mesmo do galo pensar em cantar. Pensado de véspera, dos vários cães disponíveis, levei apenas a Naja, depositava assim toda a minha confiança numa jovem cachorra, estava seguro das suas capacidades, mesmo sabendo que estaria muito calor, mesmo consciente da dureza dos terrenos, muito diferentes dos terrenos Açorianos, onde ela se fez Becadera. Aqui os terrenos são mais duros, muito tojo, silvas, mato mais fechado e uma menor densidade de Galinholas, no entanto, se queremos cães, temos de investir nos mais novos.
De repente, no meio de um terreno enorme, onde nem o vento se ouvia, dou por mim a pensar, em como é especial desfrutámos de uma manhã de caça, com um cadela que ajudámos a nascer, e que escolhemos para nossa companheira de caça, quando nascem em nossa casa tem outra magia.
Os terrenos estavam duros, ásperos, o tojo parecia arame farpado, e o calor não ajudava, mas a Naja começa a habituar-se a esta realidade, percebeu que nestes terrenos também há Galinholas, e depressa se adaptou a caçar nestas condições.
Passado algum tempo, ouço o Beeper tocar, sirvo a cadela sem a ver, guiado apenas pelo beeper, talvez ela estivesse deitada, pois não a via, só o beeper me dava a indicação da sua localização e do que se passava, servi a cadela de frente e, ao acercar-me mais perto do som do beeper, a Galinhola sai, muito perto de mim, 2 tiros, e achei que a tinha errado, mas nestas coisas a experiência e 1 ou 2 bagos podem fazer a diferença para o sucesso, e fizeram mesmo, a Naja parou-a logo à frente, já morta, acabando por cobra-la, quando à primeira vista parecia um lance perdido.
Mais nenhuma se mostrou, mas ficou na memória, um lance e uma manhã fantástica, na companhia daquela que será a minha nova cadela de Galinholas, Naja da Pedra Mua. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Km de emoções.

O Passado fim de semana foi diferente, pois o meu Amigo Mário, tinha vindo dos Açores, passar uns dias comigo, e veio ver como se portavam os 2 cachorros Pedra Mua treinados por si nos Açores. Foi um fim de semana duro, muitos Km de carro, muitos Km nas pernas atrás das Galinholas. No Sábado, com muito calor em terrenos durissímos, apenas 2 levantes, 2 pássaros parados pela Naja mas não atirados, andamos com azar, não temos tido oportunidade de dar o melhor final aos lances da cachorra, que cada vez mais, se está a adaptar melhor aos terrenos continentais, ao tojo difícil, ao sargaço, mas também à menor densidade de Galinholas.  Saí também com o Neruda, apenas 24h depois de uma viagem de avião, sempre stressante para os cães, e ele nem 1 ano tem, mas esteve bem no turno dele, mas sem oportunidades.


Domingo, mais fresco, derivado ao nevoeiro, o terreno era diferente, direito mas com muito tojo, deu para fazer o gosto ao dedo, apenas 2 galinholas vistas, mas desta vez atiradas e cobradas, também o Amigo Henrique fez o gosto ao dedo com o seu Juca da Pedra Mua, que cada vez está mais especialista nas Galinholas.