
De repente, no meio de um terreno enorme, onde nem o vento se ouvia, dou por mim a pensar, em como é especial desfrutámos de uma manhã de caça, com um cadela que ajudámos a nascer, e que escolhemos para nossa companheira de caça, quando nascem em nossa casa tem outra magia.
Os terrenos estavam duros, ásperos, o tojo parecia arame farpado, e o calor não ajudava, mas a Naja começa a habituar-se a esta realidade, percebeu que nestes terrenos também há Galinholas, e depressa se adaptou a caçar nestas condições.
Passado algum tempo, ouço o Beeper tocar, sirvo a cadela sem a ver, guiado apenas pelo beeper, talvez ela estivesse deitada, pois não a via, só o beeper me dava a indicação da sua localização e do que se passava, servi a cadela de frente e, ao acercar-me mais perto do som do beeper, a Galinhola sai, muito perto de mim, 2 tiros, e achei que a tinha errado, mas nestas coisas a experiência e 1 ou 2 bagos podem fazer a diferença para o sucesso, e fizeram mesmo, a Naja parou-a logo à frente, já morta, acabando por cobra-la, quando à primeira vista parecia um lance perdido.
Mais nenhuma se mostrou, mas ficou na memória, um lance e uma manhã fantástica, na companhia daquela que será a minha nova cadela de Galinholas, Naja da Pedra Mua.