segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Um Cupo na abertura.

Por tradição não me visto de laranja antes de dia 15 de Novembro, por norma é a data da minha abertura às Galinholas, mas este ano foi diferente, pelo São Martinho já se ouviam muitos relatos de abates um pouco por toda a parte, isso deixou-me pensativo e ansioso de ir ao campo.

Sábado, fiz mais uma viagem solitária, nevoeiro como companhia, envolto nos meus pensamentos, pensava por onde começaria, não conheço o couto, desconheço as crenças, teria apenas de confiar nos cães e na minha perceção dos terrenos. 

Antes de iniciar a jornada, fui fazer um treino à pequena Ria da Pedra Mua, é bonito ver como uma cachorra tão novinha, sem qualquer interferência Humana no que toca ao ensino, faz o que faz, apenas guiada pelo seu instinto natural e pela sua genética.

A jornada começava então, com a Naja como companheira, não mais de 2 minutos e estava parada com a primeira Galinhola, dois beeps e pássaro no ar, viria a dar com ela alguma horas depois, parada pela Naja e a não me deixar chegar novamente.

Os pássaros eram de entrada, pois duas estavam juntas, apenas abati uma, a outra tinha saído de pantufas sem fazer barulho e não dei mais com ela, mas dei com mais duas, que assumiam o mesmo comportamento típico de Galinholas de entrada, ao mínimo barulho a levantarem.

A jornada foi inesperada, 5 galinholas vistas, 3 abatidas, muito calor, muito duro para os cães e para mim, num quase dia de praia, andava eu a cobrar Galinholas debaixo de um sol esplendoroso.

Esta entrada de pássaros não define o que será esta época, por aqui não se pode vaticinar como será o restante da época, até porque noutros anos nesta altura ainda nem sequer andava ás Galinholas, foi apenas uma entrada precoce, o que definirá a época será a entrada de Dezembro, até lá é mexer os cães e ganhar pernas para o que aí vem.