sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Nos descontos.

Naja da Pedra Mua

Finalmente uma jornada sem chuva, esta é talvez a época mais molhada que tenho nos últimos 5 ou 6 anos, este ano poucas foram as jornadas em que não chovesse.

A jornada era novamente num local muito dobrado, cabeço acima, cabeço abaixo, 9.30h, dou um jeito nas costas, senti uma pontada forte e uma dor grande, que iria piorar depois de arrefecer já na viagem para casa, conduzir tantos km não foi nada agradável.

A jornada resumiu-se a 4 pássaros atirados, de 5 ou 6 vistos em zonas muito difíceis e fechadas, algumas onde assumo que evito lá meter a cadela, com medo dos javalis. Da minha parte já dava a jornada como perdida, quase 1 da tarde, nenhuma abatida em 5 horas de caça, mas de repente a Naja inventa uma Galinhola a 100 metros do carro, ficando em mostra virada para mim, numa zona muito bonita, sirvo a cadela e não sai nada, a Naja estava com ela no nariz, conheço-a tão bem, imóvel começa apenas a rodar a cabeça para trás, toda torcida a indicar-me onde estava o pássaro e de repente, pá, pá, pá, aí vai ela, abatida com um tiro fácil, de repente do nada a Naja salva a jornada, é assim a caça, só acaba no fim, o segredo é insistir e acreditar até ao fim, esta foi já nos descontos.