Caçar muito e matar pouco é a velha máxima dos caçadores de Galinholas, talvez a frase mais adequada à jornada de hoje, lances de sonho com a Iris e a Holgah da Pedra Mua.
A Iris novamente em grande, não sei explicar por palavras a Paixão que tenho em caçar com esta cadela, ao ponto de fazer o impensável, não ter tirado o Don do carro, algo que é uma novidade, mas estou viciado na Iris, talvez seja por ser novidade, talvez seja por ser diferente, mas acima de tudo é porque ela impõe emoção a cada lance, porque é autoritária com as Galinholas, forte e sobretudo muito encontradora.
Hoje além de me brindar com belos momentos com as Perdizes bravas, os primeiros toques do beeper foram com um par de galinholas, bem paradas na borda do Eucaliptal, onde atirei a uma delas que fiquei na duvida se tinha ido chumbada, inicialmente achei que não a tinha tocado mas, depois pensando bem isso era improvável tendo em conta a saída dela, a altura que voou e a posição dos tiros mas, o que é certo é que ela não tinha caído, não fosse o meu sogro numa posição mais elevada que viu para onde ela tinha ido, nunca tinha cobrado esta Galinhola, pois a 300 metros mais a baixo a Holgah começa a guiar de longe e fica em mostra, eu olho para o chão e para meu espanto vejo a Galinhola morta de asas abertas, felizmente que o lance terminava da melhor maneira. Pensando bem, quantos lances destes temos? Quantas achamos que vão embora sem serem chumbadas e depois acabam por morrer longe? Espero que poucas.
Pouco depois foi um recital de beeper das duas cadelas, ambas em mostra uma a 100 metros da outra, sirvo a Iris mas a Galinhola sai muito tapada, achei que a tinha abatido pois não a vi passar, mandei cobrar mas, foi o meu sogro que me alertou que ela tinha seguido, de um ângulo mais favorável teve outra percepção.
Pouco depois invertem-se os papeis, A Iris em mostra mas, era a Holgah que a tinha 40 metros ao lado, errada pelo meu sogro.
Em caminho digo ao Carlos, "nesta zona costuma estar uma muito andarilha..." e instantaneamente ouço o beeper da Iris a tocar já estava com ela, corro e a cadela assim que me sente começa a guiar a uma velocidade estonteante, tento acompanhar mas, cadela e pássaro iam muito rápido, a Iris com ela no nariz foi soberba, acabando por levantar larga e naturalmente errada, mais uma vez ela ganhou o embate mas, um dia a sorte muda, até lá tiro-lhe o chapéu!