domingo, 11 de dezembro de 2016

Quase Pecado.

Mais um dia de caça, 5:20h a pé, já custa a levantar, mas rapidamente entramos no espírito, as viagens solitárias custam mas fazem parte e têm de ser feitas.
Não sabia o que me esperava, não conhecia o couto, nem sequer tinha ideia como seria na realidade, há muito que deixei de tentar imaginar o que irei encontrar, criando na minha cabeça imagens de um terreno feitas através daquilo que os outros me contam e, ou a minha imaginação é muito fértil ou, sou demasiado optimista, talvez um pouco das duas, por norma nunca é como eu imaginei ou como me contam, saindo sempre goradas as minhas expectativas. 
Desta vez até achei que os terrenos eram bons, melhores que aquilo que me transmitiram, ao ponto de achar que deveriam estar ali mais Galinholas, mas não estavam.
O Don, que neste momento só faz pequenas jornadas devido à lesão na pata, se aperto um pouco mais piora, esteve ao seu nível, não direi que é alto ou baixo, é o dele, dificilmente suplantável. Rapidamente encontra e bloqueia uma Galinhola na "autoestrada" numa zona despida, um verdadeiro penalti que de tão fácil foi quase pecado.
Depois disso foi bater os terrenos minuciosamente, bonitos de montado com sargaço e estevas, quando ia ao telefone com a minha Mulher, disse-lhe o seguinte, "vou desligar, este bocado tem tão bom aspecto que tem de estar aqui uma Galinhola!" passado pouco mais de 1 minuto e o Don com outra, mais um penalti e a segunda a ser cobrada, regressei ao carro e não vi mais nenhuma, 10:30h e estava despachado para ir almoçar com a Família.