Véspera de Natal, como é tradição vou à caça, continuo sem saber porquê mas tem um sabor especial ir ao campo neste dia, em nenhum outro me dá tanto prazer cobrar uma Galinhola, talvez o facto de chegar a casa e deixar como é costume a caça abatida na bancada da cozinha, nunca noutra altura as peças abatidas se enquadram tão bem com tudo o resto, com a envolvência e com o ambiente.
Desta vez a jornada foi em família, acompanhado pelo meu Irmão, começámos cedo, o frio apertava mas terminámos a jornada com um calor anormal, as diferenças térmicas de manhã para o meio do dia são enormes.
Logo a abrir encostado ao carro a Elma fica em mostra, achei que não era nada, logo ali num bocadinho de eucaliptos sem tamanho, a Íris tira as teimas e fica também em mostra, acerco-me das cadelas, eu de um lado o meu irmão do outro, sai um torcaz quando as cadelas estavam em mostra, olho para o ar para acompanhar o pombo, quando junto ao chão sai uma galinhola, não demos com mais ela, mas era um bom presságio.
O que se seguiu foi um recital de bem caçar das cadelas, a Íris para-me uma Galinhola que me sai boa, meto a arma à cara erro-a no primeiro mas, achei que lhe tinha dado no segundo, o meu irmão tinha de outro ângulo a mesma sensação, mandei a cadela cobrar mas nada, virámos tudo mas nada.

Resumindo, uma grande jornada em família, vários lances, um abate para cada um e sobretudo os momentos inesquecíveis e um trabalho magnifico da Íris e da Elma que nos brindaram com lances fantásticos, pois são eles os cães que nos fazem saír ao campo.