sábado, 31 de dezembro de 2016

Últimas de 2016.

O último dia de 2016 acordava frio, pela primeira vez esta época com temperaturas abaixo de 0ºC, no entanto tinha a consciência de que era frio de pouca dura, pois os dias estão "quentes" e assim que o Sol levanta mais um pouco a temperatura aquece, os terrenos secos não ajudam ao acto e rebentam com as patas aos cães, obrigando-me a trocar de cão a meio da jornada a fim de os manter operacionais até o final da época.
Comecei com o Don, parou várias Galinholas onde não consegui fazer um único tiro, ou saiam tapadíssimas, ou saiam largas, ou saiam antes de servir o cão, a coisa não estava fácil, valeu uma perdiz das que nasceram com a verdade no corpo e o campo na alma, bem parada pelo Don, sinceramente julguei que fosse uma Galinhola, pois o beeper tocou várias vezes, até que saiu uma Perdiz, abatida ao primeiro tiro, foi a única peça que o Don cobrou esta manhã!
Era a vez da minha menina, com Galinholas emprestadas pelo Don, daquelas que até ali só ele as tinha cheirado, a Íris não se fez de rogada e rapidamente pára a primeira, literalmente no pasto ao lado dos eucaliptos, onde a tinha visto da ultima vez com o Don, a cadela a guiar sempre com ela no nariz, mostras e guias, parecia que ia a trabalhar uma codorniz, até que a Galinhola levanta no final do pasto, facilmente abatida, e aí estava a primeira do dia.
Fomos então ver de outra, uma daquelas fantasmas, sei que era uma Galinhola porque conheço o cão, mas nunca a vi, desta vez entrei na mancha ao contrário, uma velha técnica que por vezes as baralha, a Íris fica rapidamente em mostra, ajeito-me e a galinhola sai já meio nas minhas costas, mas ainda assim tombou no primeiro tiro, e tinha-mos cobrado a segunda, estava radiante, a cadela tinha resolvido as coisas e transformado uma primeira parte difícil numa segunda magnifica mas, parecia que ela não estava satisfeita, e foi parar uma outra no topo de um cabeço, depois foi sempre a guiar cabeço a baixo até ao vale, aí fica em mostra, eu num caminho a meia encosta deixo-me estar e vejo a Galinhola levantar para cima e curiosamente a "cantar" ou melhor, a fazer um barulho, algo que há muitos anos já me tinha acontecido, passa a não mais de 10 metros de mim e é abatida, agora sim, dava a jornada por terminada, e que jornada, a Íris queria mais, mas era hora de volver ao carro pois ainda tínhamos muitos Km pela frente e uma noite de Reveillon.

A última jornada da época não poderia ser mais emocionante, que 2017 nos traga saúde para continuarmos em busca das nossas tão Amadas Galinholas.

Bom Ano de 2017 para Todos!