Em pleno século XXI sinto-me ainda um crente, um feliz sonhador que acredita que a caça está acima de todas as outras nobres formas de arte, que a vê também a ela como uma forma de arte, diferente, talvez, mas tão igual a nós próprios, pura e dura, onde cada um revela a sua verdadeira conduta como Homem. A caça é uma arte onde o cão é sem a menor contestação o Mestre, o artista principal, aquele que pinta quadros magníficos, obras primas aos olhos dos verdadeiros amantes e conhecedores das suas capacidades, obras estas que não ficam expostas ao alcance de todos, mas para quem as aprecia têm um enorme valor. Ficam sim guardadas nas nossas memórias com o máximo destaque, prontas a despoletar numa terna e nostálgica noite em frente á lareira.
Se ser caçador é ser crente, ser caçador de Galinholas é ser devoto, pois o caçador de Galinholas demonstra uma devoção inigualável e um respeito quase divino pela bela Dama dos Bosques. Esta saudável devoção é aquela que me leva a caçar em frias manhãs de Inverno, onde a esperança de um levante é o único conforto capaz de me aquecer a alma. O chocalho do cão é o som mais belo que cintila no bosque, deixar de o ouvir e ficar com o som de um calmo silêncio apenas interrompido pela ténue respiração do cão em mostra e do bater do meu próprio coração que, batendo tão forte dá-me a sensação que o ouvem a quilometros a cada vez que o chocalho se cala. Finalizar o lance é uma cerimónia com contornos próprios, uma bela paragem, firme e determinada apenas desfeita por um levante típico, plástico, deslumbrante e silencioso em harmonia com tudo o resto, seguido dum tiro certeiro como que esculpido nas entranhas duma bela justaposta, também ele é um som característico que assinala naquele bosque o final do lance, a bela Dama tombou, finalmente cedeu á paixão e dedicação de um caçador e cão por si enfeitiçados, passa agora como testemunho da boca do cão para a mão trémula do caçador que, com os olhos brilhantes numa mescla de alegria e tristeza a observa com ainda maior respeito, acaricia-a e com mil cuidados a alberga num saco próprio como Deus na sua mortalha se trata-se. Nada mais fica senão um cheiro extasiaste a pólvora no ar, umas quantas penas no chão e a recordação eterna daquele lance, tão profundamente guardado e expectante de um dia imergir na tal nostálgica noite fria de Inverno. Pode este até nem ter sido o mais belo dos lances que tivemos em presença da Bela Dama, mas tudo em seu redor tem uma magia diferente e especial e, este lance jamais será sepultado.
Esta é a forma mágica como vejo a caça e em especial aquela que me apaixona, a caça á Galinhola de salto com cães de parar, onde tive dos mais belos lances que ficarão guardados para sempre na minha memória e sem duvida na memória do meu companheiro de caça que me proporcionou todos estes momentos únicos de sonho, o meu Pointer Inglês “Faruck”.
Se ser caçador é ser crente, ser caçador de Galinholas é ser devoto, pois o caçador de Galinholas demonstra uma devoção inigualável e um respeito quase divino pela bela Dama dos Bosques. Esta saudável devoção é aquela que me leva a caçar em frias manhãs de Inverno, onde a esperança de um levante é o único conforto capaz de me aquecer a alma. O chocalho do cão é o som mais belo que cintila no bosque, deixar de o ouvir e ficar com o som de um calmo silêncio apenas interrompido pela ténue respiração do cão em mostra e do bater do meu próprio coração que, batendo tão forte dá-me a sensação que o ouvem a quilometros a cada vez que o chocalho se cala. Finalizar o lance é uma cerimónia com contornos próprios, uma bela paragem, firme e determinada apenas desfeita por um levante típico, plástico, deslumbrante e silencioso em harmonia com tudo o resto, seguido dum tiro certeiro como que esculpido nas entranhas duma bela justaposta, também ele é um som característico que assinala naquele bosque o final do lance, a bela Dama tombou, finalmente cedeu á paixão e dedicação de um caçador e cão por si enfeitiçados, passa agora como testemunho da boca do cão para a mão trémula do caçador que, com os olhos brilhantes numa mescla de alegria e tristeza a observa com ainda maior respeito, acaricia-a e com mil cuidados a alberga num saco próprio como Deus na sua mortalha se trata-se. Nada mais fica senão um cheiro extasiaste a pólvora no ar, umas quantas penas no chão e a recordação eterna daquele lance, tão profundamente guardado e expectante de um dia imergir na tal nostálgica noite fria de Inverno. Pode este até nem ter sido o mais belo dos lances que tivemos em presença da Bela Dama, mas tudo em seu redor tem uma magia diferente e especial e, este lance jamais será sepultado.
Esta é a forma mágica como vejo a caça e em especial aquela que me apaixona, a caça á Galinhola de salto com cães de parar, onde tive dos mais belos lances que ficarão guardados para sempre na minha memória e sem duvida na memória do meu companheiro de caça que me proporcionou todos estes momentos únicos de sonho, o meu Pointer Inglês “Faruck”.