segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Mais uma manhã daquelas.

A jornada começava fria, algo novo esta época, cacei uma hora de luvas mas depressa o tempo aqueceu. Sabia onde estava uma Galinhola, a Naja mal chega á zona fica em mostra, faz uma longa guia mas desfaz, já nos tinha dado a volta como sempre, mas uns 100 metros abaixo, a cadela fica parada nuns eucaliptos sem mato, achei estranho, uma zona tão atípica e despida e não servi logo a cadela, saindo a Galinhola fácil mas fora de tiro. A Naja volta então a pará-la não muito depois, longe de mim, mas o terreno com muita água, estevas e paus caídos, molhados e muito escorregadios, dificultavam a chegada rápida á cadela, servi então a cadela, o pássaro sai e tapa-se logo com as estevas, atirei sem saber se tinha acertado, ainda mandei cobrar mas nada. Depois procurámos o pássaro novamente, virámos tudo, até que a Naja a para novamente nuns eucaliptos com muito mato a uns 50 metros de onde a tinha errado anteriormente, dou a volta e sirvo a cadela de frente, a Galinhola sai a encastelar, abatida ao primeiro tiro, num lindíssimo lance, a Naja uma vez mais resolveu os meus erros.
Depois uma cena caricata, o Beeper a tocar, corro para servir a cadela, tropeço e fui cair em cima da Galinhola, que levanta na minha cara, quase que me toca com as asas, ainda no chão fiz 2 tiros sem sucesso. Acabámos por abater este pássaro pouco depois, parada no limite do sujo, com um tiro fácil desta vez.
Era o dia das coisas estranhas, já a chegar ao carro decido ir ver uma zona que não tínhamos passado, ao telefone com um Amigo, digo-lhe, já falamos tenho a cadela parada! Sirvo a cadela, a Galinhola tenta levantar com muito esforço, tive mesmo que a deixar subir para poder atirar, seguramente que estava chumbada de outra batalha com outro caçador, cobrada pela Naja e tinha o cupo, em mais uma manhã de sonho, para mim e para a Naja!