Magnifica companhia, e jornada de sonho!

A jornada ainda não tinha começado e já a Naja estava com uma no nariz! Ainda a delinear o percurso com o Bruno, a Naja a 20 metros do carro, fica parada na estrada, apontando para as estevas, desvalorizei, mas a cadela não desmanchava a mostra, fui lá de arma aberta ver o que se passava, sai uma Galinhola! 50 metros a cima já no meio das estevas, a Naja novamente com ela parada, saiu tapada, tive a sensação que lhe tinha dado, o Bruno ainda a viu a voar na direção dos carros, mas acabaria por ser cobrada pela Naja, pois tinha mesmo sido chumbada, 2 minutos e tinha um pássaro! É como marcar um golo no primeiro minuto, dá logo outro alento!

Os terrenos estavam cheios de água, dentro dos eucaliptos os regos pareciam rios, duro de andar, escorregadio, sempre a enterrar as botas, os terrenos fechados não ajudavam a servir a cadela, mas aos poucos a Naja lá ia parando uma aqui outra ali, sempre lances muito bonitos e um cobro fantástico, na segunda Galinhola, num tiro muito largo, um outro pássaro de penálti e um faisão macho bem errado, também parado pela Naja.

No geral foi uma jornada magnifica, onde a cadela esteve ao mais alto nível!

Mau tempo mudou tudo!

Hoje a jornada era incerta, podia ser muito boa ou muito má, pois a tempestade dos últimos dias e a trovoada forte por norma faz movimentar as Galinholas, por vezes entram, outras desaparecem do Couto. 

Logo pela manhã, vimos uma passar á frente da carrinha, na hora delas no lusco fusco, seria bom pronuncio, logo se veria.

Os terrenos estão bons, mas sinceramente prefiro anos secos e frios do que anos chuvosos e quentes, mas este ano é o que temos! 

Sabia da localização de 3 pássaros, nenhum lá estava, batemos tudo o que havia a bater, e fui encontrar uma Galinhola numa zona bonita já no final da manhã com a Rosi, foi para safar a jornada, pássaro difícil, nervoso, a sair ao primeiro toque do beeper, sorte estar perto da cadela. 

Bonito e de reter foi o espetáculo da Ria da Pedra Mua deu com as perdizes bravas, a guiá-las e a pará-las completamente a tiro, um espetáculo bonito de se ver, pena não podermos atirar às rainhas, a Ria merecia cobrar uma, mas fico feliz pelo meu irmão que tem feito um trabalho magnífico com a Ria, agora está a colher os frutos!

Um único levante, um único pássaro, e a minha intuição e conhecimentos não me enganaram, o mau tempo fez mudar os pássaros.

Um dia memorável.

Se há dias roubados aos sonhos hoje foi um deles, cacei muito e matei pouco! Apenas uma Galinhola cobrada em 4 vistas, mas muitos lances bonitos das cadelas.

A Naja ao inicio levantou duas cervas, lindíssimas, que animal mais belo! Esta manhã parecia uma cadela de Grande Busca a caçar em terrenos de Galinholas, andámos muito até a Naja me parar a primeira Galinhola, muito bem trabalhada, um tiro fácil assim como o cobro. 

Depois disso, no limite do couto, na esquina dos arames, onde já não havia mais terreno para andar, a Naja encontra um pássaro, que eu acabei por errar, estava muito mal colocado, enfim, faz parte.

Troquei então de cadela, saí com a Rosi, que esteve magnifica, parou-me uma Galinhola numa zona fechada, o pássaro saiu bem, dei-lhe com apenas um tiro pensei que fosse cair, pois largou penas que iam caindo lentamente, mas foi-se embora muito alta e para muito longe, passámos aquele terreno a pente fino e nada, infelizmente não demos com ela.

Ficam os lances, partilho alguns momentos que tive a felicidade de conseguir gravar em vídeo.

Prata a abrir o livro.

Prata da Pedra Mua, hoje a abrir o livro, uma máquina de encontrar caça em qualquer tipo de terreno, especialmente em terrenos sujos, difíceis, onde não há vento, terrenos típicos de Galinholas, hoje a minha menina encheu-me de orgulho, estamos cada vez mais afinados, em sintonia, faltou apenas a cereja no topo do bolo, a bela da Dama dos Bosques, que teima em andar longe, apesar dos terrenos estarem espetaculares para as receber, falta o mais importante, um frio vento leste, que as empurre para cá, de outra forma será um ano fraco de Galinholas. 

Esta época com a falta de Galinholas, vamos aproveitando para mexer as cadelas menos experientes e dar-lhes o máximo de oportunidades, pois é desta forma que os cães se fazem, é no campo e com muita caça.

A primeira, molhada e soada.

A primeira da época finalmente caiu, debaixo de chuva, com terrenos escorregadios e muito duros. 19km andados, e depois do primeiro levante foram mais de 3 horas no encalço desta Galinhola,  é mesmo para quem gosta, mais parecia uma Galinhola de final de época, sempre a sair antes de conseguir servir a cadela, parada a primeira vez, saiu-me nas costas ao primeiro toque do Beeper, depois foi complicado até lhe conseguir dar a volta, mas a uns 500, 600 metros do primeiro levante, conseguimos um lance num tiro difícil mas que a mandou ao chão, confesso não sei se lhe dei no primeiro ou no segundo tiro, mas o importante é que a cobrámos. E é assim a história da primeira da época, molhada e soada.

Com pássaros mas atribulado!

Das Damas de bico longo já há sinal, mesmo que não as tivesse visto, mas vi, as bostas das vacas todas bicadas eram sinal suficiente para me dizerem que já cá andam.

Apesar não não ter feito qualquer abate, ainda deu para me divertir com as cadelas atrás de uma Galinhola que se levantou pela primeira vez larga, longe de mim e da Prata. Mas seria muito difícil as cadelas bloquearem alguma daquelas Galinholas, pois tinham andado a manhã inteira de levante com os podengos de outros caçadores, ainda assim deu para sentir de novo aquela adrenalina de andar no encalço de um pássaro com a convicção de que cairia a primeira da época, e fazer 19Km no sábado e 15 no Domingo, bastante para inicio de época. 

No Domingo lá nos calhou atascar a carrinha do meu irmão, numa zona que ninguém diria que ela ali ia ficar, mas debaixo de um tapete de erva verdinha, era lama e mais lama e parecia que a agua nascia ali, 2 horas e meia para tirar a carrinha dali, com muito esforço, mas saiu!

Sem sinal delas...

Hoje já me trajei a preceito, os terrenos eram típicos de Galinholas, mas as Damas de bico longo não se apresentaram, embora nestes terrenos, o lance que tive com a Prata da Pedra Mua me tenha feito tremer, mas não era uma Dama mas sim uma Rainha, muito bem parada pela Prata em terrenos muito difíceis, num dia de muito calor, onde as moscas eram aos milhares.

Venha a chuva e o frio, que nestas condições é extremamente difícil, para cães e caçadores, no entanto é hora de começar a mexer os cães mais a sério, pois elas não tardam, e as jornadas longas avizinham-se, e nessa altura, os cães têm de estar em forma.

Unic classifica-se em Toledo Espanha.

Segundo dia de competição em Espanha, nas Provas Internacionais de Busca de Caça em Toledo.

Unic de la Solariega, conduzido por Francisco Gomez, faz 3º Excelente, com um ponto muito bonito sobre um bando de Perdizes, num dia muito chuvoso e com o terreno muito pesado, dificultando muito o percurso aos Cães.

Amanhã é um novo dia, que a sorte nos acompanhe.

Mais do que um adereço da moda!

Esta publicação é um alerta, uma chamada de atenção aos caçadores, visto ser cada vez mais recorrente vermos no Facebook publicações de cães de caça perdidos, muitos mais há que não são públicos ou partilhados! Felizmente nos dias que correm, a tecnologia é nossa aliada, e desde há uns anos a esta parte, temos disponível no mercado um equipamento que passou a ser o melhor companheiro do caçador e dos cães, o GPS para rastreio de cães de caça, sejam eles de rasto ou de parar, equipamentos simples, fiáveis e cada vez mais práticos e pequenos para caçadores e cães. O volume crescente de utilizadores destes dispositivos, apesar do preço, prova uma vez mais, a elevada consciência, ligação e estima que os caçadores têm com os seus cães, não há dinheiro que pague o descanso e a despreocupação em sabermos sempre onde anda o nosso companheiro, mas ainda assim era hora de sermos mais a utilizar estes diapositivos e menos a passar por momentos de agonia, quantos de nós não passaram pelo episódio traumático de perdermos o nosso companheiro de caça, quantos de nós já não andámos aos gritos, de coração na boca, no meio do campo chamando o nosso cão, que se perdeu por este ou aquele motivo, um verdadeiro desespero!

Temos hoje em dia um equipamento que faz todas as funções que um caçador necessita, a localização precisa em tempo real de 1 ou mais cães, a informação no receptor quando o cão está em movimento ou em mostra, a distância e a direcção que este se encontra do caçador, e no colar do cão existem várias opções, com ou sem beeper e com ou sem colar de ensino. Muitas mais funções estão ainda disponíveis, mais ou menos complexos, mas não vamos hoje aflorar essas funcionalidades, apenas referir que, o GPS não é uma nova moda, mas sim um dispositivo útil que nos dá um descanso que não tem preço, o de sabermos sempre onde está em tempo real o nosso cão!

Não podemos gastar fortunas em armas, ter várias no armeiro e usar por norma sempre a mesma, e menosprezar um equipamento tão importante alegando o preço. A segurança de um cão não tem preço!

E deixemo-nos de estigmas, o GPS não encontra caça, essa é uma função exclusiva do Cão, ter o melhor GPS do mercado e um Cão medíocre não nos safa a grade!

Muito, Muito especiais estes Pedra Mua!

Os mais novos Pedra Mua com 7 semanas, nos quais depositamos enormes expectativas, uma genética magnífica e importante, com inúmeros Campeões Internacionais e da Europa de Grande Busca, além de uma morfologia fantástica, que fazem destes cachorros, um sonho para qualquer criador.

Uma monta projetada há muito, com o intuito de podermos eventualmente selecionar algum exemplar para a competição, veremos se acertámos e o que o futuro lhes reserva, assim a sorte não nos abandone! 

Sinatra da Pedra Mua                       Sibelle da Pedra Mua