Mais uma semana de 4 dias duros de caça, 4 dias seguidos que nos meteram à prova aos 4, a mim, e aos companheiros de 4 patas, uma média de 17 km percorridos por jornada.
Nestes 4 dias tivemos muitos lances, os 3 exemplares que me acompanham esta época, são do nosso afixo e todos tiveram Galinholas paradas, a Naja, o Qapone e a Ria, o que é muito gratificante enquanto criador.
Dos 4 dias, apenas no último, no domingo, não fizemos qualquer levante, apesar de bem tentarmos, mesmo naquelas condições duras. Ao quarto dia as pernas já se ressentiam e davam sinal, no entanto levámos a jornada até final, sempre na esperança de encontrar uma Galinhola num daqueles cabeços ou num vale entre os mesmos, mas nada, pela primeira vez esta época, viemos embora sem ver uma Galinhola, mas como sabemos, estes dias também fazem parte.
De salientar os magníficos lances da Ria e do Qapone, nas suas primeiras épocas de Galinholas, recordarei cada lance deles. A Naja na sexta-feira, parou-me 4 Galinholas, uma delas errada por mim, mas depois consegui abatê-la a uns 200 metros mais à frente, corrigindo assim o meu erro inicial, deu-me ainda uma de bandeja que aproveitei, e outras duas que não cheguei a tempo, e quando servi a cadela, elas saíram largas.
No sábado foi a demonstração de perseverança, minha e da Naja, a cadela para uma Galinhola numa zona muito fechada de serra, o pássaro sai muito tapado e erro-a com 1 tiro, a Naja para-a outra vez, mas saiu-me em direção ao meu sogro, não atirei, corremos todos os cabeços ali à volta, e no mesmo local onde a tinha errado a primeira vez, a Naja volta a ficar em mostra, a Galinhola a encobrir-se e eu erro-a novamente com 2 tiros, levava uma vez mais a melhor, mas logo a seguir, mostrou-se e é abatida ao primeiro tiro, caindo barranco abaixo, exemplarmente cobrada pela Naja, 3 horas de volta do mesmos pássaro, vários levantes, vários lances e no final, o emprenho e a perseverança foram o segredo do sucesso, são estes lances, estas "batalhas" que nos fazem apaixonar por esta caça.