domingo, 13 de janeiro de 2019

Naja, Naja, Naja...

Não sou caçador de Perdizes, apesar de me lembrar de meia dúzia de belas jornadas às Bravas, onde os cães as pararam com mestria. Também não sou caçador de codornizes, nunca fui, conto pelos dedos das mãos as jornadas de codornizes que fiz, e se as fiz, foi para dar ritmo aos cães, nunca fui aos Pombos, e cacei 2 vezes aos Tordos para passar o tempo, num fim de ano em Trás-os-Montes, com a Família mas sem cães.
Não desdenho quem caça a outras espécies, com isto, quero apenas dizer que não sou um caçador polivalente, sou um Caçador de Galinholas, daqueles que vibra com cada lance do cão, daqueles que valoriza cada lance do cão, daqueles sente um misto de alegria e tristeza quando cobra uma Galinhola. Passados todos estes anos, ainda sinto as mãos tremerem em certos lances, em determinados momentos é quase um Nirvana, é em busca destas sensações que saio ao campo, quando o beeper toca desperta em mim um sentimento inexplicável, um misto de emoções, sensações únicas difíceis e explicar por palavras, e enquanto sentir estas emoções, faço questão de sair ao campo, sair com os cães, pois só se vive uma vez. 
A Naja é a responsável pelas emoções esta época, pois tem feito jornadas de sonho, como a de hoje, que esteve à altura de um cão adulto, uma cadela a fazer Galinholas de final de época com esta facilidade, não é normal.
Sempre tive bons cães de Galinholas, recordo-os a todos, mas alguns com mais sentimento, e a Naja, entrou direito para o TOP dos meus melhores cães, e tem apenas 1 ano e meio.