Domingo, mais e mais Veron. Dia após dia as emoções são levadas ao êxtase, desta vez sem saber onde procurar um pássaro, pois aqui neste couto não sabia de nenhuma que me pudesse entreter nesta fria manhã que, pouco depois se tornaria numa manhã quente e repleta de tordos.
Após umas belas paragens às lebres e perdizes, o Veron fica em mostra numa mancha de estevas sem nenhuma jeito, a galinhola sai atiro, ela com as patas para baixo de devagar pousa a não mais de 30 metros de mim, tive a plena sensação que tinha levado, fico a mudar o cartucho e mando o cão cobrar, nada, mesmo nada, começa a ficar nervoso, a zona era minúscula o pássaro tinha de ali estar, viramos tudo eu e o cão e nada, com o pensamento que estava para ali debaixo de uns quaisquer paus, abandono a custo aquela pequena mancha para ver outra a uns 50 metros, nada, nada de Galinhola, vou então para outra mancha mais distante, ouço o Beeper, acerco-me do cão e a Galinhola sai completamente tapada, vejo-a apenas numa nesga, atiro mas nem lhe toco. Seria a mesma pensei, decidi fazer o lógico ir ver dela à mancha pequena onde tinha errado um pássaro, pois se fosse a mesma apostava que lá estaria novamente, e estava mesmo, saiu larga ainda atirei mas não lhe toquei! Respirei fundo, tão fundo quanto consegui, engoli em seco e lá continuei.
Pouco depois BEPP. BEPP…BEPP acerco-me do cão e fico a uns 20 metros de frente para ele, ele nem mexia, e ouço por trás de mim o típico pá, pá pá, viro-me e atiro, o pássaro manda-se para o chão, achava que a tinha chumbado, virei tudo e novamente nada. Mais uma forte golfada de ar para acalmar e decido ver uma mancha ali ao lado, novamente o beeper a tocar e o pássaro desta vez a sair para cima de mim, rodou em cima de mim e foi em frente, abatida facilmente, cobrada e respirava então de alívio, estava contente, 2 pássaros novos em vários belos momentos.
Perto dali, junto a uma vedação, o veron pára, toca o beeper, guia, pára, guia e guia, pára, eu sempre pelo caminho junto à aramada o Veron pelas estevas mas perto do caminho, cada ver que parava eu servia o cão e ele sai-a novamente a guiar, até que o pássaro levanta e roda para trás já do outro lado da aramada, larga atiro e abato-a ao primeiro tiro tive de saltar a rede e mandar o cão cobrar pois não a tinha visto nem sair nem cair, mas rapidamente o Veron vem com ela na boca. Que lance pensei, confesso que estava convencido que fossem perdizes, pois a guia foi larguíssima, mas não, tinha mesmo o bico comprido, estava sem palavras, as mãos ainda tremelicavam, são estes lances em galinholas de final de época que nos fazem ficar viciados nesta caça!
os Amigos também eles tiveram uma jornada em cheio com vários levantes, muito cantaram os Beepers hoje!