Esperava-me um dia quente, pouco a meu gosto, muito
típico dos finais de época, o Don mais uma vez e por força das circunstâncias
foi o companheiro eleito, umas visitas a um ou outro pássaro que levou a melhor
era o que tinha em mente, tinha a volta delineada na minha cabeça, a primeira
não se apresentou, a segunda sim! Numa zona fechada, uma galinhola já errada
duas vezes, o Don para-a diante de mim, sem tempo quase de me aperceber meto-a
no ar com um passo em frente, sai direita a mim, rodando mesmo à minha frente,
erro-a no primeiro, toco-lhe no segundo e vejo-a qual avião alvejado no motor
esquerdo, a cair numa trajectória descendente e sempre para a esquerda cabeço a
baixo.
Rapidamente mando o cão cobrar, cobra, cobra Don…
recarrego a arma, o Don entra em mostra junto à regueira, eu, convicto do meu tiro mando novamente
o cão cobrar, o pássaro sai cheio de saúde, um tiro tapado, umas penas no ar e o Don
a cobrar esta Galinhola. Numa outra altura teria abordado a fase final do lance
de arma aberta, convicto num cobro fácil, mas aprendi com o tempo, aprendi com os
erros que, não há galinholas cobradas até estarem na boca do cão. Finalmente esta
Galinhola tinha sido cobrada, depois de a ter errado por 3 vezes, esta tiro-lhe
o chapéu pelos maravilhosos momentos que me proporcionou!
Fui visitar ainda uma pequena encosta com muito bom
aspecto que desde o ano passado não pisava, o Don rapidamente entra em mostra,
eu subo a encosta sem saber bem da posição do cão e, inadvertidamente quase que
piso a galinhola metendo-a no ar sem contar e sem conseguir atirar.
Duas galinholas, um abate e mais uma vez o Don a
fazer a diferença, pois nesta altura da época há que aproveitar o que resta e isso só é possivel com um bom Cão de Galinholas.