domingo, 14 de dezembro de 2014

Shiva num verdadeiro momento de Galinholas!


A manhã começava cedo, já no couto, 7,15 na hora do lusco-fusco, vimos uma Galinhola que nos dava as boas-vindas, passou os eucaliptos e voou à nossa frente uns 30 ou 40 metros a não mais 5 metros de altura, linda, mostrou-se toda, bico, penas tudo, uma imagem lindíssima!
Esta época tem-se revelado escassa em Galinholas, pelo que, as poucas que se apresentam têm um sabor especial! É uma época atípica, os pássaros cobrados até agora são todos pássaros velhos, ainda não cobrei uma galinhola nova, o que só por si dificulta as coisas mas, os lances são sempre mais intensos, Galinholas a andar muito, cientes do perigo que representam cães e caçadores, a aguentarem pouco e a saírem anormalmente largas, com comportamentos muito "aperdizados". Esta é uma época para grandes momentos, é uma época de afirmação para cães de qualidade, são em épocas destas que dou mais valor aos meus cães.
Hoje a Shiva mostrou mais uma vez a sua polivalência, parando por duas vezes as vermelhas, uma lebre e, fez ainda um trabalho magnifico nas suas amadas Galinholas.
De inicio tentei encontrar uma Galinhola que se levantara à Shiva na passada semana e que já tinha numa destas quintas-feiras sido parada pela Elma, em nenhuma das ocasiões foi atirada e, ainda assim não estava no cantinho dela desta vez! Batendo o terreno crença a crença, fui perdendo a ilusão, nunca o ânimo, pelo que decido ir ver um canto que este ano ainda não tinha pisado, bendito feeling, a Shiva entra em mostra numa ponta de uma encosta, uma zona limpa de pasto, pinheiros e eucaliptos compunham o terreno, acerco-me o mais rápido possível da cadela, encontro-a em mostra deitada, típico dela, o beeper não se cala, até que ouço o pássaro sair numa zona mais tapada, vejo-a apenas numa aberta entre pinheiros, faço um tiro largo e vejo-a cair em cima da copa de um pinheiro e lá fica em cima de asa aberta, "Ui" dizia eu, pensando como cobraria aquele pássaro que estava tão perto e tão longe, felizmente que ela ainda viva, bate as asas a acaba por cair quase em cima de mim, terminava assim a angustia daquele cobro! Um lance bonito e enorme da Shiva que me dava alento para o resto da jornada.
A segunda foi numa encosta conhecida, ingre-me e muito, mas muito fechada, ouço o beeper tocar, tento subir rápido mas o terreno não ajuda, ainda longe da cadela, o beeper cala-se, vejo então algo a voar entre os pinheiros, a Galinhola vinha para o meu lado a 300km/h a rodar a encosta, difícil erro-a com os dois tiros, mas fica a imagem da galinhola a voar a descoberto, linda! Na próxima semana lá irei ao seu encontro!